segunda-feira, 2 de julho de 2012

Trabalhos finalizados!



Vídeo-aulas encerradas, durante todo o curso, com a ajuda deste blog, pude refletir e disseminar minhas ideias sobre diversos assuntos relacionados ao universo da educação. Por meio dos temas propostos nos módulos "Interdisciplinaridade, Transversalidade e Construção de Valores", "Educação Comunitária, Saúde e Cidadania na Escola", "Direitos Humanos e Convivência Democrática" e "Profissão Docente e Educação Inclusiva", aprofundei-me em minhas pesquisas e mergulhei em um universo de conhecimento e descoberta (relatórios científicos, entrevistas, trechos de livros, vídeos, relatos).  
O saldo não poderia ser mais positivo! Acredito que o exercício da  reflexão e da pesquisa em muito contribui para a formação de um bom profissional da educação, ciente de suas enormes responsabilidades e disposto a enfrentar os inúmeros desafios que tal profissão traz com ela.
Obviamente, é apenas o fim de uma etapa, uma breve etapa. Essencial que nós, professores, continuemos constantemente em busca de novos conhecimentos e informações para que, dessa forma, nossa incansável tarefa de educar traga, cada vez mais, resultados satisfatórios e contribua, de fato, com a formação de uma sociedade mais lúcida, cidadã e justa.

Lílian Maróstica, autora deste blog, professora e eternamente aluna.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Vídeo-aula 28: O professor não pode estar só. O espaço interdisciplinar e com a comunidade.

Na última aula da disciplina Educação especial/inclusiva, a professora Jaqueline Amorim fala sobre o espaço interdisciplinar e com a comunidade.

A Constituição Federal de 1988 traz como princípio a "igualdade de condições para acesso e permanência na escola", "direito de todos". Porém, observamos que na prática isso não acontece.
O professor, na maioria das vezes, sente-se inseguro em lidar com alunos com necessidades educacionais especiais (NEE), já que estes estudantes podem comportar-se diferente e precisarem de uma forma de aprender diferenciada. A persistência das dificuldades e incapacidades do aluno questiona as expectativas do professor sobre o potencial do aluno e as expectativas do professor sobre sua própria capacidade de fazer aprender.

A frustração do professor
O exercício de lidar com a frustração é de extrema importância e envolve a revisão das expectativas "onde eu professor acredito que esse aluno pode chegar", "onde esse aluno tem a possibilidade de chegar" e a revisão das perspectivas na atuação "como eu posso preparar minha aula de modo a inlcuir este aluno, respeitando suas dificuldades e investindo em seus potenciais" - merece atenção e espaço de compartilhamento, comonos momentos de horário de trabalho pedagógico coletivo.
O professor, sozinho, ainda que busque ajuda na equipe escolar de apoio - a qual, muitas vezes, não dispõe de recursos para atuar efetivamente na situação - vê seu esforço e seu recurso esgotado no âmbito educacional e chega à conclusão de que aquela escola, aquele grupo já não pode mais fazer nada por aquele aluno. Assim, torna-se natural compreender que o aluno não tem recursos para estar ali.
Assim, aluno e professor são responsabilizados / culpabilizados pelo insucesso - personificam-se as dificuldades e culpabilizam-se pessoas. O aluno sente-se excluído e o professor, desvalorizado e desestimulado.

Quem deve ajudar nessa situação?


- equipe escolar: tem papel de garantir uma escola inclusiva, realizar encaminhamentos e solicitar serviços, realizar a busca e acesso a suporte, identificar recursos existentes na comunidade, estabelecer parcerias, convenios ou quaiser outras formas de ação conjunta.
- outros profissionais/equipe interdisciplinar: a possibilidade de discussão com profissionais da Psicologia, da Assistência Social, o acesso a profissionais da saúde que possam fazer diagnósticos e que realizam o acompanhamento desses alunos e/ou de suas famílias enriquece e amplia a possibilidades de intervenção. Todos se sentem mais capazes quando descobrem novas possibilidades de intervir. A própria criança sente-se capaz, pois se sente compreendida em sua dificuldade, e ainda ganha motivação para desenvolver e descobrir seus potenciais.
Porém, é preciso atenção. Múltiplos profissionais realizando múltipos atendimaneto sob múltiplas perspectivas garantem um atendimento multidisciplinar - a criança ou adolescente pode ser visto de modo fragmentado, como possibilidade de repetições no atendimento (lacunas nas ações). O empenho integrado, o contato não hierárquico entre profissioanis e a discussão para além de relatórios e documentos diagnósticos garantem o atendimento interdisciplinar: compartilhamento de saber, ampliação de perspectivas, possibilidade de compreensão da criança ou adolescente em sua complexidade e potencialidades - abertura de novas possibilidas, inclusive de mobilização da família.
A equipe interdisciplinar possibilita a ampliação das perspectivas e possibilidades, maneira de compreender o aluno com NEE e a maneira de rever e compreender  o papel do professor (limites e possibilidades).

A sala de aula: o professor não está só
A sala de aula necessita de um professor com disponibilidade à mudança e à compreensão empática do aluno, que esteja disposto a conhecê-los com o apoio de outros profissionais, programar aulas, com o apoio da equipe de coordenação pedagógica e/ou de Educação especial.  

Leitura sugerida: O site Construir Notícias traz uma entrevista com a psicóloga e consultora dos vídeos de Ed. Especial, produzidos pela Tv Escola, Marta Gil, sobre a relação professor-aluno portador de NEE. Disponível em: http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=91.

É tarefa do professor:
- exigir que a equipe escolar cumpra seu papel no estabelecimento de parcerias e serviços de suporte, a fim de que seus alunos sejam atendidos em suas necessidades especiais;
- comunicar-se com seus alunos, por meio de gestos, olhares e palavras, sua compreensão, confiança e a crença no seu potencial;
- refletir sobre suas percepções e expectaivas a respeito do aluno;
- comunicar-se com os pais e enconrajá-los a não desistir de seus filhos. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Vídeo-aula 26: Professor autor


Lemos, interagimos, produzimos...


Na vídeo aula 26, o professor Gabriel Perissé fala sobre a terceira dimensão da formação docente: a autoria. As outras duas, como já abordadas neste blog, são a leitura e a reflexão.

A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo e nos fazer criar um sistema pessoal de convicções, o qual expressamos como autores. Estamos, a todo tempo, falando, fabulando, conversando com os outros e conosco mesmos. Quando expressamos nossas ideias e convicções, nos expressamos como autores; o autor fala por si próprio, pois pensa por conta própria e se expressa por suas próprias capacidades.
Um profissional da educação que não é autor de suas ideias e ações, que não é responsável por aquilo que faz, que apenas obedece, de forma servil, não pode ser um propiciador de autonomia. O profissional docente precisa exercitar sua própria crítica e autonomia, tendo total liberdade de tomar suas decisões.
A autoria está muito ligada ao exercício da liberdade. O criador é livre, cria as próprias regras do seu fazer, entra em sintonia, em êxtase, com o material que manipula. Este momento de grande autonomia, liberdade e sintonia deve estar presente na sala de aula. Quando o professor é acorrentado por uma série de obrigações que o impedem de dizer o que pensa, por exemplo, não torna-se capaz de cumprir seu papel fundamental, que é o de formar um cidadão crítico, autônomo, atuante na sociedade.
A autonomia docente não se conquista sem um estilo de ensinar; o professor conquista à medida que trabalha e abre espaço a seu próprio estilo e personalidade. Muitas vezes, infelizmente, os professores brasileiros são maltratados e permanecem calado, abnegados, quando deveriam ser líderes sociais, referências intelectuais da sociedade.
É necessário que o professor cause uma ruptura, uma surpresa, um certo desconforto, para que, assim, possa reconstruir o conhecimento com sua própria maneira de ver o mundo; ele deve surpreender-se e surpreender os outros, saindo, dessa maneira, da comodidade, do lugar-comum. É preciso criar novos âmbitos, novos espaços, novas ideias, criar convicções pessoais.  
Também é tarefa do professor atuar na internet, já que as crianças e jovens de hoje já nasceram no ambiente virtual, na chamada era digital. É importante que o professor autor atue na internet, crie seu espaço para interagir com pessoas de todas as idades, inclusive, com seus alunos, sempre, claro, lembrando-se de se manter nos limites da ética humana. 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Vídeo-aula 25: Professor pensador

Na 25ª aula da disciplina Profissão Docente, o professor Gabriel Perissé fala sobre a dimensão da reflexão na formação docente, o professor pensador.

O exercício da curiosidade, da reflexão e do diálogo com o extramental nos leva ao momento das decisões. O curioso é aquele que faz perguntas, que não se satisfaz com as primeiras respostas, que questiona as causas, que tem uma inquietação intelectual. Não somos apenas receptores de informação, não somos continentes para conteúdos; nós apreendemos o conteúdo e o assimilamos, refletindo sobre o assunto e gerando novos conhecimentos. Quando pensamos, dialogamos conosco mesmos.
A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo e nos fazer criar um sistema pessoal de convicções. Temos opiniões e achismos a respeito de tudo - o chamado intrusismo: pessoas das mais diferentes áreas profissionais sentem-se aptos a falarem sobre qualquer assunto. Devemos construir um sistema pessoal de convicção (e não somente de ideias), que são conceitos aprofundados fortalecedores da nossa maneira de ver e nos comportar no mundo. Quando tomamos uma decisão, ela deve estar baseada em uma convicção construída. Taí um dos principais papeis da educação: transformar pessoas em seres ponderados.

Relação leitura-pensamento
Ler é assimilar, é apreender. Quando lemos, não lemos apenas para decifrar, mas para compreender o que vai além da leitura, para compreendermos a nós mesmos. Pensamentos geram outros pensamentos.

O trabalho do professor
Entre os inúmeros papéis do professor, está o de desenvolver uma lição de casa atraente, que faça o aluno, movido por uma motivação pessoal, pensar e, consequentemente, gere aprendizado. O docente deve fazer uma mediação, transformar a necessidade do apredizado em prazer em conhecer.

Pedagogia reflexiva
A pedagogia reflexiva consiste não apenas na transmissão burocrática de conhecimento, mas em um verdadeiro encontro entre a iniciativa do professor e dos alunos, entre o talento, a vocação e a curiosidade do professor e o talento, a vocação e a curiosidade de seus alunos também.

O educador deve surpreender seus alunos: levar até a sala de aula situações de aprendizado que gerem curiosidade e, assim, promovam não apenas o conhecimento mas o prazer em aprender.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Vídeo-aula 24: Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas e Vídeo-aula 27 : O professor não pode estar só: parcerias dentro da escola

Nas vídeo-aulas 24 e 27, a professora e pesquisadora Claudia Helena Yazlle fala sobre parcerias, novos modelos de ensino e propõe uma reflexão acerca dos desafios que a inlcusão tem trazido para o contexto escolar.

A escola deve se preocupar com a questão da inclusão e procurar acolher e favorecer a educação de todos os alunos. Disponível em http://educaforum.blogspot.com.br/2012/04/o-engodo-da-inclusao-escolar.html.


As mudanças na legislação, as relações culturais e sociais, as demandas de mercado e as novas funções sociais da escola implicam na transformação do educador (formação e identidade profissional dos docentes). É um processo complexo que envolve inúmeros atores e a inclusão é mais um destes desafios.

Se antes, tínhamos um contexto, hoje temos outro.
Passado:
- ensino (situações e materiais);
- professor especialista;
- disciplina.
Atualmente:
- aprendizagem;
- integração curricular (trabalho em grupo e conhecimento amplo);
- coordenador (articulador);
- diversidade (inclusão);
- ampliação (e esvaziamento) de atribuições da escola.

Inclusão escolar
- lidar e articular as diferenças sociais economicas, culturais e individuais (de desenvolvimento humanos)
- trabalho em equipe / coletivo.
A inclusão não se restringe à experiência da criança com seu professor ou seus pais. O processo é muito mais amplo, envolvendo muitas outras relações da criança com os outros, como colegas e funcionários da escola. E quais são os desafios para cada um desses protagonistas do processo de inclusão? O processo da inclusão envolve diferenças expectativas:
Famílias de criança com NEE
- busca de aceitação e acolhimento do filho;
- estabelecimento de vínculos e relações sociais;
- autonomia e independência;
- busca de aprendizagem.
Demais famílias:
- receio de imitação e agressividade;
- "perder" em aprendizagem;
- valorização da inclusão como princípio ético.
Professores:
- dúvidas em relação ao 'estar preparado';
- como garantir a aprendizagem?;
- como lidar com as diferenças?;
- disciplinas e regras: são as mesmas para todos?;
O professor deve mergulhar nesse processo de questionamento e buscar uma compreensão.
Crianças com NEE:
- ouvir e escutar;
- reconhecer capacidades e habilidades;
- identificar necessidades;
- paradoxo da pluralidade.
Demais crianças:
- curiosidade e interesse pela diferença;
- "regras do grupo" - negociação e reflexão;
- respeito pelas difenrenças.

Vídeo sugerido: O documentário 'Não sei fazer isto, mas sei fazer aquilo' (I Can't Do This, But I Can Do That', EUA, 2011) é um relato inspirador sobre crianças com dificuldades de aprendizagem e os desafios da inclusão escolar. As crianças descobriram habilidades reais e aprenderam a utilizá-las para superar seus próprios desafios. Vale assistir! Abaixo, um trecho do filme.



A escola deve ser um espaço que propicie a reflexão, o planejamento e a avaliação e precisa procurar estabelecer uma relação de parceria com outros profissionais. Os profissionais da saúde, por exemplo, podem trazer à escola uma visão clínica e individual do aluno e enfatizar a dificuldade e a deficiência, contribuindo de forma significativa com o processo da inclusão.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Vídeo-aula 23: A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?

A professora Kátia Amorim, na 23ª aula, aborda o tema inclusão e educação especial inclusiva.

Historicamente, a educação está embasada em paradigmas específicos que pressupõem que o desenvolvimento das pessoas - das crianças, especificamente, aqui - se dá de maneira igual e ao mesmo tempo, considerando os alunos de uma mesa sala ou até de uma mesma série. O professor espera regularidade e linearidade no processo de ensino e aprendizagem, acreditando, muitas vezes, que todos os seus alunos entendem da mesma maneira, ao mesmo tempo e completam o conhecimento em tempos próximos. Dessa forma, o aluno que não acompanha seus colegas, muitas vezes, é visto como deficitário, deficiente. A questão da diferença, dentro desse modelo que espera uma regularidade, implica uma ruptura dos princípios básicos da educação, já que a criança com qualquer tipo de deficiência desaparece; é como se ficasse uma imagem negativa em torno da criança, como se ela não possuísse habilidades importantes. O professor, assim, fica com a impressão de que não adianta investir naquele aluno. Para que o professor possa trabalhar com o aluno deficiente de forma produtiva, é necessário que ele considere seu desenvolvimento como uma questão complexa. E há, para auxiliar no trabalho do docente, instrumentos facilitadores para que o profissional consiga promover uma aprendizagem significativa, como a linguagem em braile para cegos, amplificadores para deficientes visuais, libras para os surdos, aparelhos auditivos para os deficientes auditivos, cadeiras e carteiras especiais para deficientes físicos.
Fundamental lembrar-se dos chamados deficientes intelectuais, que não necessitam, necessariamente, de uma linguagem alternativa. É possível ensinar alguma coisa à criança com deficiência intelectual? A criança ganha coisas além da socialização?
É preciso investir nesta criança. Fazemos isso quando deixamos alguns paradgimas de lado e pensamos que o desenvolvimento é complexo e que se dá de uma intrincada relação da pessoa com o meio. Temos que conhecer quais são as alterações que participam do quadro, o conjunto de características do jovem com deficiência. A capacidade depende da relação com o meio, ou seja, da relação professor com o aluno.

Plasticidade cerebral
Propriedade do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais e funcionais. Capacidade adptativa. É o potencial que o cérebro mantém para a recuperação funcional, que depende de vários fatores, como idade, local, tempo e natureza da lesão.

Teorias para explicar o funcionamento da plasticidade cerebral:
- mediada por partes adjacentes do tecido nervoso que não foram lesadas;
- alteração qualitativa da função de uma via nervosa íntegra controlando uma função que antes não era sua;
- estratégias motoras da função de uma via nervosa íntegra controlando uma função que antes não era sua;
- estratégias motoras diferentes para realizar atividade perdida: o movimento recuperado difere do original, apesar do resultado final ser semelhante.

Existem lesões potencialmente recuperávels, mas, para tanto, necessitam de objetivos precisos de investimento: conhecer essa criança para saber quais são as áreas afetadas, como potencializá-las e minimizar os efeitos negativos dessa região, descobrir quais são as habilidades que essa criança tem em sua estrutura. O diagnóstico auxilia bastante nesta tarefa.

Adriana Foz, educadora, psicopedagoga, especialista em neuropsicologia e pesquisadora em neurociência da educação, explica a plasticidade cerebral.


Filme sugerido: "O Milagre de Anne Sullivan" (The Miracle Worker, 1962, Arthur Penn). O longa conta a história da professora Anne Sullivan, brilhantemente interpretada por Anne Bancroft, e sua incansável tarefa de educar uma garota cega, surda e muda. Vale assistir!


O papel do meio (escola) e do professor no processo de mediação da criança com deficiência é fundamental para o avanço de seu desenvolvimento. O profissional precisa identificar as dificuldades do aluno, conhecer suas habilidades e descobrir potenciais. Não podemos pré-determinar qual será o limite do desenvolvimento do indivíduo. É preciso investir para conhecer o limite real, buscando formas alternativas para descobrir o potencial de desenvolvimento que ela tem.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vídeo-aula 22: O professor leitor


Dupla delícia/ O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." (Mario Quintana)


Na vídeo-aula 22, o professor Gabriel Perissé fala sobre a necessidade de o professor ser um leitor.

A tirinha, do maravilhoso cartunista argentino Liniers, mostra o poder da leitura e o quanto ler é maravilhoso. A personagem Enriqueta é uma garotinha apaixonada por livros e leitora compulsiva. Em tradução livre: "Nas férias, você deve ler livros grandes, Madariaga. Livros gigantes, cheios de personagens. Livros que parecem viagens. Então, terá férias em dobro."
Disponível em
http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/tag/liniers.


Panorama da leitura no Brasil
- o brasileiro lê, e média, 4,7 livros pro ano (as mulheres lêem mais do que os homens);
- o Brasil tem uma biblioteca pública para cada 33 mil habitantes;
- quase 70% das escolas públicas nem sequer tem uma biblioteca.
Os dados são alarmantes e mosram o quanto nós, professores, temos, sim, que ser grandes leitores, obcecados, apaixonados para, dessa forma, incentivar os alunos a lerem e transformar a realidade.

Toda leitura é um aprendizado à distância: uma forma de aproximação com diversas realidades. Quando lemos, estamos sozinhos e, no entando, tudo o que está longe se aproxima. Esta é a operação maior da leitura. Não só toda leitura é um aprendizado à distância, mas todo aprendizado é uma leitura. Quando olhamos para o mundo, que é uma espécie de livro aberto, é como se estivéssemos lendo um texto. O conceito de leitura não é apenas olhar símbolos grafados no papel, mas abrir-se para a realidade. O professor que não é lê não é capaz de abrir os horizontes de seus alunos. Se o professor não é um leitor em potencial como poderá convencer seu aluno de que ler é algo fascinante, necessário, importante? Muitos professores são analfabetos funcionais - sabem ler, mas não lêem na verdade. Obrigar o aluno a ler, como se fosse um pré-requisito, só perpetua um trauma e faz da leitura algo desagradável e passageiro.
O professor deve saber ler nas linhas e também nas entrelinhas, para que possa interpretar não apenas livros, mas também a própria vida e a vida dos alunos. Na leitura das entrelinhas, podemos captar o sentido não evidente da realidade.

Leitura sugerida: O artigo "O professor leitor", de autoria do professor Ezequiel Theodoro da Silva, discute a necessidade de o professor ser um leitor em potencial. Disponível em http://www.anj.org.br/jornaleeducacao/o-professor-leitor.

A experiência da leitura pode questionar, ampliar, revolucionar, aperfeiçoar nossa visão de mundo e nos fazer criar um sistema pessoal de convicções. O professor não é um instrutor, deve ser um mestre, alguém que entusiasme e inspire seus alunos na vontade de conhecer e aprender. Nós, professores, devemos ampliar nosso diálogo, e incorporar em nossas aulas, em meio a conteúdos curriculares, temas que interessam os alunos e fazem parte de seu contexto. Lendo, ganhamos assunto e também o mundo! A formação de um leitor oferece abertura para conhecer as pequenas e grandes histórias da vida!

"Um leitor vive milhares de vidas antes de morrer; um homem que nunca lê vive somente uma". Imagem de domínio público disponível em http://imgfave.com/search/reading.

domingo, 10 de junho de 2012

Vídeo-aula 21: A complexidade da constituição docente

A vídeo-aula 21, minsitrada pela professora Silvia Colello, fala sobre os desafios da carreira do magistério.

Durante todas as nossas vídeo-aulas, vimos como é importante que o professor equilibre o instruir e educar, que ele seja mediador da cultura e lide com a diversisade, que tenha uma consciência pedagógica, tendo diretrizes claras de seu trabalho e da proposta didática, que ele possa sintonizar sua ação com o processo cognitivo do aluno e, ao mesmo tempo, reverter tantas causas do fracasso escolar. Também discutimos sobre a relação professor e aluno, que, além do que mera convivência, deve ser um cencontro transformador de pessoas. Também, por fim, abrangemos a necessidade do professor de superar as barreiras da escola e ensinar a partir da cidade educadora e das instituições culturais, aproveitando o munco como uma grande sala de aula.
Mas todos sabem e, principalmente, nós, professores, que não é fácil conviver com tantas responsabilidades. Ficam, assim, as perguntas: quais os desafios e a realidade do professor? Como o professor se coloca diante de tantas dificuldades?

O vídeo (Charges-okê) mostra, de forma descontraída, alguns dos inúmeros problemas enfrentados pelo professor no cotidiano escolar.


Histórico docente
Até a década de 70: o fracasso escolar era culpa do aluno. Preciso investir nas competências dos professores para reverter condições dos estudantes.

Anos 80: a escola como produtora do fracasso escolar; muda a compreensão do problema e a compreensão do papel do professor, permanecendo a lógica da formação: competência do professor.

Últimos anos: série de pesquisas destrincham a realidade do professor e mostram a constituição do professor como algo complexo. Fatores extrínsecos (curso, escola, o quanto ele ganha, processo de profissionalização - formação inicial e continuada) e fatores intrínsecos (como o professor viveu sua formação, como se assumiu enquanto ser professor, "profissionalidade" - ideia de que ao longo do processo de formação, o professor vai se modificando e entrando na profissão, passando a fazer parte do seu modo de ver o mundo). Assim, o professor se constitui, por assim dizer, além de sua visão de mundo e sua cultura profissional (base), de fatores extrínsecos e intrínsecos, mais a profissionalização e a profissionalidade. Também fazem parte de sua constituição os chamados saberes. Por um lado, os professores devem lidar com os conhecimentos formais, pedagógicos, de conteúdo. Para além desses conhecimentos, há outra leva de saberes, que são as concepções: aluno, aprendizagem e professor. Alinhavando esses diferentes tipos de saber, temos os saberes formalmente aprendidos na escola e no cursos de formação, mais os saberes vivenciados no cotidiano, que nos ajudam a testar os conhecimentos formais e criar outros. Tudo isso se dá a partir de condições objetivas e subjetivas de trabalho, e gera satisfaçõas e insatisfações, recompensas e decepções profundas.

Perspectivas teóricas do trabalho docente
- Disponibilidade pessoal para renovar o trabalho: professor aberto para mudanças;
- luta pela valorização do ensino e a constituição de um trabalho coletivo: lutar por uma condição política de valorização de seu trabalho;
- afirmar-se como sujeito do conhecimento: aquele que quer aprender;
- colocar-se como sujeito que define caminhos e cria alternativas.

Desafios em face da realidade
- A difícil construção de um ensino de qualidade;
- a desvalorização do ensino e o desinteresse dos jovens pelo magistério.



Desvalorização do magistério
A professora Silvia Colello apresentou dados que mostram que, em 2005, 103 mil professores foram formados no país. Em 2009, foram apenas 52 mil. Os resultados mostram que os jovens não querem mais se tornarem professores, pois a carreira docente não é mais atrativa.
O artigo, "Professores em fuga", veiculado no Jornal da Tarde em 18.02.2012, pela profa. Vera Lúcia Pereira dos Santos, mostra que o desinteresse dos adolescentes pelo magistério é reflexo de um processo que vem se corporificando há muito tempo e diz que os professores estão fugindo da carreira não por covardia, mas em busca da própria dignidade.

Dimensão técnica do trabalho do professor
- compreender, aplicar, problematizar e refletir. O professor deve transformçar a produção teórica em prática pedagógica.

Dimensão pessoal do trabalho do professor
- falta de autonomia, sobrecarga e desmotivação. Mais do que ensinar, o professor deve educar, compreender, estabelecer relações. A frustração costuma ser muito grande.

Os professores sentem angústias provenientes de diversos fatores, como burocracia, decepção, sobrecarga, condições de trabalho. No contexto da decepção social, temos duas possibilidades: carreira do docente que se esgota ao longo da carreira profissional e carreira comprometida porque já nasceu na "periferia do sonho" (termo criado por Maria Valéria Fernandes. Na periferia dos sonhos, BH: Authentics, 2004): professores que tornaram-se professores "sem querer".

Leitura sugerida: O artigo "Professores, desencanto com a profissão e abandono do magistério", de Flavinês Rebolo Lapo e Belmira Oliveira Bueno, busca compreender o processo de "esquecimento" da carreira do magistério. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/cp/n118/16830.pdf.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vídeo-aula 20: A complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humanos

Na vídeo-aula 20, a professora Kátia Amorim discute a complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humano.


Estudo do desenvolvimento: a perspectiva de que a criança se transforme de acordo com relógios biológicos ainda vigora, porém essa noção tem se transformado ao longo do tempo e cada vez mais as pessoas têm dicustido o desenvolvimento da criança em relação com o outro. O desenvolvimento da criança depende de um conjunto grande de outros fatores que envolvem sua família e todo seu entorno social  - prioridade da relação sobre o indíviduo isolado. O processo de análise do desenvolvimento infantil é complexo, por isso é preciso entender a criança dentro de um conjunto amplo e passar a compreendê-la por meio de processos biológicos, psicológicos e sociais.
É fundamental para a criança a presença de um mediador, que pode trazer elementos da cultura, novos ensinamentos. O desenvolvimento ocorre ao longo de todo o ciclo vital, nas e por meio das interações estabelecidas entre as pessoas, em contextos social e culturalmente organizados.
A criança se relaciona com muitas pessoas e em cada contexto ela é colocada em papéis diferentes.


Nós, educadores, precisamos observar e conhecer em qual contexto social e cultural a criança convive; assim, aprederemos mais sobre ela, as raízes de seu comportamento e, consequentemente, saberemos auxiliá-la melhor no processo de ensino e aprendizagem.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Vídeo-aula 19: O todo pela parte

Na vídeo-aula 19, a professora  Ticiana Roriz  fala sobre a questão do estigma.

1. Fig. Visão negativa e muito arraigada, numa sociedade, a respeito de determinada prática, comportamento, doença etc.
2. Fig. Qualquer marca ou característica considerada negativa, desonrosa. 


Possuímos algumas características individuais que podem ou não serem exaltadas, das quais gostamos ou não, dependendo da situação. Podemos aprender com outras pessoas, com características que elas possuem e também aprender a lidar com nossas próprias características. Alguns atributos são mais valorizados em detrimento a outros.

Segundo Goffman:
- "o estigma: situação do indíviduo que está inabilitado para a aceitação social plena."
- "Um indíviduo que poderia ter sido facilmente recebido na relação social, possui um traço que pode se impor à atenção e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus" - o poder do estigma em fazer com que o outro não enxergue outros atributos no semelhante, a não ser sua deficiência.  
- "O que é preciso é uma linguagem de relações e não de atributos" - focar a relação, não a pessoa.
- "Um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar a normalidade de outrem, ele não é em si mesmo, nem honroso nem desonroso"
- "Diferenciar estigmatizado desacreditado de desacreditável: desacreditado - característica distintiva evidente; desacreditável: ele não é imediatamente perceptível." Articulação com a vida escolar.
- Tendemos a inferir uma série de imperfeições a partir da imperfeição original - acreditar que todas as imperfeições da criança são advindas da imperfeição original.
- Pode-se ainda, generalizar a deficiência: ex.: gritar com um cego, dirigir-se a uma pessoa com deficicência física de forma infantilizada.
- A pessoa estigmatizada, com deficiência, pode sentir-se em exibição.
- Quanto maiores as desvantagens da criança, mais provável que ela seja enviada a uma escola especial - como se ela estivesse mais protegida quando está entre seus iguais, porém, a experiência com os ditos normais aumentam o repertório de situações vividas, o que ajuda na resolução de problemas e enfrentamento de situações constrangedoras.
- Terminologia: a maneira como nos referimos a essas pessoas influencia as práticas.
- Ambiente escolar mais sério, somos modelo para as crianças.

Nós, professores, devemos quebrar nossas certezas. Não imaginar, no primeiro dia de aula, que aquela criança que tem uma deficiência mental, por exemplo, não vai aprender a ler ou a criança que não anda não vai aprender a estar com os colegas, não vai gostar do recreio ou dou parquinho. Precisamos enxegrar a criança para além da sua deficiência.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Vídeo-aula 18: A escola e as instituições culturais

A professora Rosa Iavelberg, na vídeo-aula 18, fala sobre as relações entre as escolas e as instituições culturais.

As instiuições culturais reúnem objetos de arte interessantes às aprendizagens escolares. Por esse motivo, é pertinente que as escolas promovam visitas, presenciais e virtuais, a museus, casas de cultura, feiras, mostras. Os objetos de arte expressam conteúdos de diversas áreas do conhecimento escolar e favorecem seu ensino de modo vivo e instigante tanto da arte universal como das culturas importantes de sua região.

Como exemplo, a professora Rosa citou Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci, artista este multidsciplinar, capaz de oferecer diversos temas para serem estudados por diversas faixas etárias, já que, além de obras de arte, inventou máquinas, escreveu fábulas e textos sobre arte e natureza. A Mona Lisa, em exposição no Museu do Louvre, em Paris, pode ser visitada de forma virtual por meio do site do Museu, http://www.louvre.fr/.

A cultura brasileira também deve, obviamente, fazer parte do currículo escolar, conscientizando os estudantes do valor da convervação de um patrimônio público. Por exemplo, como mostrou a professora, o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, que reúne achados arqueológicos dos povos pré-históricos do NOVO MUNDO. A preservação do patrimônio cultural e natural do parque é trabalhada pela equipe do Museu do Homem Americano, situado a 35 Km do Parque. Neste Museu, ocorrem exposições permanentes.

Após as visitas e estudos acerca dos patrmônios culturais, o aluno pode manifestar os conhecimentos adquiridos de diversas formas, inscrevendo sua arte nos muros e ruas da cidade (com autorização pública), por exemplo, e compartilhá-los com toda a comunidade.

Links úteis:
O site Era Virtual, por meio do link www.eravirtual.org, reúne passeios virtuais pelo Museu de Artes e Ofícios, de Belo Horizonte (MG), O Museu Nacional do Mar, de São Francisco do Sul (SC), a Casa de Cora Coralina, de Goiás Velho (GO), o Museu Victor Meirelles, de Florianópolis (SC) e o Museu do Oratório, de Ouro Preto (MG).  

O site "Moom - The Museus of Online Museums", www.coudal.com/moom, reúne todos os museus do mundo que possuem acervo online.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Vídeo-aula 17: O professor e a cidade educadora

A professora Rosa Iavelberg fala sobre a cidade educadora.

A cidade está repleta de "objetos artísticos". Nem sempre, é possível decodificar as imagens que vemos todos os dias em toda sua profundidade, reconhecendo os valores contidos nelas. Por isso, é de grande valia promovermos um estudo em torno desses "objetos" urbanos. A paisagem urbana é datada e suas visualidades formam o olhar, que se acomoda e aprende. O antigo e o novo coexistem nas cidades.
Esse estudo pode ser feito em uma maneira espontânea ou informada - que é o papel da educação escolar: fazer a mediação, usando como suporte e conteúdo inscrito na cidade. O professor deve utilizar os equipamentos e as obras de arte presentes no espaço público com o objetivo de expandir o universo cultural dos alunos.

Para ilustrar uma forma possível de realização de um projeto de estudo que se utiliza do espaço público, a professora Rosa exemplificou com a Estação da Luz, estação ferroviária de SP.

O prédio da Estação da Luz, em SP. Disponível em http://www.saopaulo.com.br/wp-content/uploads/2011/10/estacao-da-luz.jpg

Possíveis etapas 
- pesquisar no site da Estação da Luz e selecionar conteúdos a serem estudados na visita (data da inauguração, área em que ela ocupa, arquitetura, ponto turístico, restauração assumida pelo governo - valor do patrimônio cultural, artístico, arqueológico e turístico, tombamento);
- preparar os alunos para a visita com aulas sobre os conteúdos da escola;
- durante a visita, informar e deixar fruir;
- promover a interação entre os pares;
- depois da visita: retormar conteúdos e propor tarefas de assimilação do que foi trabalhado;
- propor trabalhos práticos e reflexivos orientados às aprendizagens que se quer consolidar.

No planejamento, o professor deve considerar:
- o material de pesquisa levantado e as ações que pode desenvolver;
- os conteúdos adequados aos grupos de alunos;
- o interesse e o envolvimento com a aprendizagem que o projeto despertará nos alunos.

O professor planeja ações e visistas para o aluno, que passa a  conhecer os espaços públicos com olhos para ver e saberes para interpretar o traçado urbano, a arquitetura, os monumentos e as obras de arte. O aluno, assim, irá frequentar o espaço público de maneira informada, compreendendo o que está vendo.  Desde a educação infantl pode-se estudar o espaço público com o bejtivo de formação cultural; muitos pais, avós, moradores e parentes são fontes vivas de informações sobre o lugar onde se vive e a história da região. Os alunos podem participar da pesquisa trazendo fotos antigas de seus familiaries no espaço da cidade de origem e compará-las com apoio do professor às paisagens culturais.

Outros exemplos de paisagens urbanas que podem ser estudados em sala de aula:


A Igreja de São Francisco de Assis em Belo Horizonte. Disponível em http://www.constelar.com.br/blog/media/blogs/politica/niemeyer/pampulhaigreja.jpg


Palácio Imperial, em Petrópolis, no RJ. Disponível em http://arquiteturadobrasil.files.wordpress.com/2010/03/palacio-imperial1.jpg


Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio, em Jaú, interior de SP. Disponível em http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Igreja_em_Ja%C3%BA_150606_REFON_.jpg.

Rodoviária de Jaú, SP. Disponível em http://farm4.static.flickr.com/3522/3792573135_83cf26f366.jpg.


Ensinar sobre a arte presente na rua é valorizar a arte no cotidiano das pessoas e no espaço público.

O vídeo, promovido pela Univesp TV, traz informações sobre a Estação da Luz. O que é possível aprender em um patrimônio histórico?

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Vídeo-aula 16: Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar

A professora Lucia Tinós fala sobre as trajetórias escolares de deficientes e a EJA, pensando o fracasso escolar.

EJA na Legislação
LDBEN/9394/96, Artigo 37, constitui a EJA como modalidade de ensino utilizada na rede pública no Brasil, para propiciar a educação de jovens e adultos.
Parecer CEB nº 11/2000: orientações sobre a organização e a função dessa modalidade de ensino.
Alguns autores ressaltam que a EJA, mesmo incorporada na Legislação, sempre foi uma modalidade posta em segundo plano.

E quem é o aluno da EJA?
- sujeitos compostos pela e na diversidade;
- oriundos de uma camada socialmente mais empobrecida e marginalizada: negros, idosos, trabalhadores ruais, alunos com NEE, etc.
- dentro da diversidade: aumento de alunos com deficiência.

Diferentes diagnósticos de deficiência na EJA, de acordo com pesquisa realizada em determinado município
- deficiência mental ou déficit intelectual: 43%
- deficiência auditiva: 18%
- deficiência visual: 2%
- deficiências múltiplas: 9%
- condutas atípicas: 14%
- deficiência física: 6%
Assim, surgem questões para reflexão como: quem dá o diagnóstico? Para que serve o diagnóstico? Como o diagnóstico ajuda o professor da EJA a lidar com o aluno com deficência?

Que caminhos levam esses jovens e adultos à EJA
- oriundos de escolas especiais, onde não completaram seu processo de escolarização: 51%
- oriundos de escolas municipais e públicas: 26%.

EJA: oportunidade ou armadilha?
A média de permanência dos alunos com necessidades especiais na escola é de dois a três anos na mesma sala  (segundo constatou a pesquisa apresentada pela professora Lúcia, alguns alunos já estavam há mais de 8 anos em uma mesma sala) impossibilitando, dessa forma, um avanço na escolarização. De todos os registros encontrados, apenas 0, 42% dos alunos com deficiência conseguiram certificação.

Os alunos da EJA são jovens e adultos com sonhos e projetos, que apresentam histórico de exclusão escolar. As propostas referendadas pela legislação estão longe de serem efetivadas, pois não se sustentam em informações concretas da realidade de seu alunado, "alunos invisíveis".

Nós, educadores, precisamos, portanto, tornar esses alunos visíveis e reconhecer todas as suas capacidades, as quais, muitas vezes, são maiores do que supomos.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Vídeo-aula 15: Como anda a educação especial no país??

A professora Kátia Amorim traz algumas informações sobre a educação especial no país.

Segundo dados do MEC - Ministério da Educação - o número de matrículas de alunos com necessidades especiais cresceu consideravelmente entre os anos de 1998 a 2006. Esses alunos, que frequentavam escolas especializadas, estão passando a frequentar escolas regulares, porém, a maioria ainda está fora da escola.  

O cenário da educação especial no Brasil em escolas regulares - complicações
- Registros e informações: precários, irregulares e lacunares. Na escola especial, temos o registro detalhado e regular.  As escolas regulares apresentam dificuldade em ter um registro de seus alunos. Quando existe a dificuldade de ter acesso à informações particulares de cada estudante, torna-se muito difícil traçar um diagnóstico de situações e, consequentemente, obter recursos necessários.
- Diagnóstico: os relatórios são dados de maneira diversa, impossibilitando a instrumentalização de professores para trabalhar com os alunos. Importante salientar também que um grande número de crianças não possuem sequer diagnóstico, o que, mais uma vez, reflete na impossibilidade de se conseguir recursos.
- Não diferenciação entre os graus de deficiência: é necessário que a deficiência discente seja especificada. Diagnósticos vagos não auxiliam a criança nem ao processo de inclusão. É fundamental lembrar, aqui, que o diagnóstico deve ser oferecido por um profissional da saúde especializado e não pelo professor. Dentre os diferentes diagnósticos que são dados, pode-se observar uma dominância da deficiência intelectual; as outras deficiências variam nas diferentes redes de ensino, o que se deve, fundamentalmente, a existência ou não de suporte. A questão do diagnóstico é uma questão central.
- Dominância absoluta de meninos: a maioria absoluta dos diangósticos é de meninos. A preocupação: será que as meninas estão sofrendo múltiplas exclusões? O mito do menino impossível se transformou em menino deficiente?
- Tempo de pemanência na escola: o tempo de permanência é quase desastroso. Na escola pública, a maioria absoluta fica de um a quatro anos no ensino regular. Um grande contingente chega a ficar somente um ano. As crianças com deficiência frequentam a escola, mas não permanecem lá. Nas escolas especializadas, as crianças podem passar o resto de suas vidas.

Escola especial
- Nos últimos 10 anos, o número de educandos aumentou cerca de 6, 44%.
- Prevalência de atendimentos da instituição - dois focos centrais: EJA (30,5%) e Educação Precoce (28%) - não certificam, de fato, o que possibilita uma inserção no mercado de trabalho.
- Parceria com o ensino regular ainda é muito baixa.

O país está longe de atender sua demanda de crianças e jovens com dificuldade especial. Cabe ao professor dialogar com a gestão para que haja na escola, ao menos, o registro, que permite diagnosticar a situação e garantir formas de intervenção.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Vídeo-aula 6: O professor e a diversidade cultural na sala de aula

Na vídeo-aula 6, a professora Rosa Iavelberg fala sobre a importância de se ensinar a diversidade cultural, a fim de promover o respeito entre os povos.

A diversidade cultural, ou seja, a manifestação das diversas culturas, deve ser levada de uma maneira ordenada ao currículo escolar. Os alunos precisam entender que as culturas são diversas e estão em mudança permanente, não são, portanto, estáticas e cada cultura tem sua história em permanente transformação.


Crianças da tribo Yawanawa colocam em prática o aprendizado da cultura típica do seu povo, pintando o corpo com tintas naturais. (Foto: Onofre Brito/Selcom) Disponível em http://www.flickr.com/photos/fotosdoacre/4521056880/

 
Origami, dobradura em papel típica da cultura japonesa. Disponível em http://olindaurgente.blogspot.com.br/2009/07/olinda-festival-da-cultura-japonesa.html.

Escultura de origem chilena. Disponível em http://www.myspace.com/ahmedperez/photos/68894774.


Os meios de expressão e comunicação presentes nas diversas culturas refletem os diferentes contextos históricos e sociais em que os objetos foram produzidos: estudar os objetos é conhecer os povos. A aprendizagem sobre a diversidade cultural se dá se o professor promove a criação e a fruição artísticas para o aluno aprender sobre a diversidade expressa na arte de diferentes tempos e lugares.

Alguns autores importantes falam sobre a diversidade cultural, F. Graeme Chalmers (Diversidade cultural e educación artistica, 2003, Barcelona, Paidós).
O estudo de autores sobre educação multicultural aponta para a arte:
- ensino nas escolas de diferentes conteúdos não pertencentes à cultura dominante;
- ênfase nas relações humanas como cooperação e respeito mútuo;
- ênfase nas relações individuo-grupo em diferentes culturais;
- ênfase na promoção do pluralismo e na diversidade cultural e na equidade social.

Cabe ao professor considerar as influências culturais na arte de cada povo e sua especificade política, social, religiosa, histórica, econômica, ambiental. Em educação, os recortes de conteúdos e temas no planejamento da História da Arte têm papel fundamental na educação orientada ao ensino da diversidade cultural na escola. A ideia é valorizar a integração daquilo que é produção cultural local com o conhecimento universal, expandindo o conhecimento que se tem com a história da arte.
O estudo das culturas locais recuperam o gosto por frequentar a escola, porque dizem respeito direto à identidade cultural dos estudantes, sua história, memória e universo de experiência; o aluno, assim, entrará em contato, de forma sistemática, com aquilo que sempre esteve presente em sua vida.

O vídeo mostra a diversidade cultural trabalhada na escola pública Amorim Lima, de São Paulo, capital. 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Vídeo-aula 5: O papel do professor na mediação cultural

Na vídeo-aula 5, a professora Rosa Iavelbert aborda o tema do papel do professor na mediação cultural.

Cultura e arte devem fazer parte do cotidiano escolar. Disponível em http://www.acrilex.com.br/admin/fotoCadastro/DSC04091.JPG.

É função do professor:
- aproximar os alunos dos agentes culturais - pessoas que trabalham com a a cultura, e também dos artistas -  aqueles que produzem arte;
- desmistificar a arte como o objeto acessível a poucos;
- desconstruir a arte como conhecimento distante do cotidiano;
- promover a consciência sobre o valor da arte na sociedade e na vida dos indivíduos;
- selecionar e apresentar ao aluno arte de qualidade e reconhecer-se nessas referências e na força dessas criações;
- selecionar conteúdos para o aluno perceber a importância da autoria, do protagonistmo nas formas, ideias, ações e escolhas em arte;
- trabalhar a arte com sentido na vida das pessoas e na sociedade.
- conhecer sobre o desenvolvimento artístico no fazer e na compreensão estética;
- conhecer sobre arte e educação em arte;
- participar de eventos artísticos e experimentar práticas artísticas;
- documentar os trabalhos realizados pelos alunos para que eles não se percam - portfólios e blogs de arte.

A arte promove a autoestima do aprendiz, porque possibilita a expressão individual, construída com base no saber fazer, saber interpretar, saber valorizar a arte. O aluno aprende arte com suas próprias produções, com a dos pares e a partir do conhecimento sobre a produção sócio-histórica da arte, de forma interativa e compartilhada. 
Os temas tranversais, questões sociais da atualidade, associam-se às poéticas e outros temas importantes no contexto educacional e são ensinados com as obras de arte. 
Arte inclui a pessoa do aprendiz, suas características culturais e potencial de transformação da própria condição e lugar de origem. A formação cultural, mediada pelo professor, promove a integração do indivíduo na sociedade e, portanto, fala de perto ao estudante, anima-o a frequentar a escola porque permite a ele que se manifeste e compartilhe suas experiências com os pares e apresente seus trabalhos à comunidade escolar ou compartilhe-os em redes sociais, transcendendo os limites da sala de aula.
Arte pressupõe práticas de educação diferenciada, reconhece a cultura como conteúdo de poder transformador e construtor da identidade do estudante.

O diálogo entre a produção artística da criança e a arte adulta
Escola Nova: destaque para os aspectos endógenos da aprendizagem (desenvolvimento da criança, sensibilidade, mundo interno, motivação, emoções, auto-expressão).
Escola Tradicional:  destaque para os aspectos exógenos da aprendizagem (cânones, valores culturais, informações do universo da arte, saberes técnicos, história da arte).
Escola Contemporânea: a interação com a arte adulta é feita pelas crianças e a estética adulta é ressignificativa na produção infantil, que a assmilia a seus esquemas artísticos, associando aspectos endógenos e exógenos.


O vídeo mostra como a arte, além de sua importância histórica e cultural, pode trabalhar a criatividade, expressão e personalidade, formando, assim, um conjunto produtivo para a aprendizagem.  

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Vídeo-aula 4: Ética e Saúde a escola

Na vídeo-aula 4, a professora Lúcia Tinós propõe uma reflexão acerca dos alunos chamados especiais e do trabalho do professor para com eles. 

Terminologia: Necessidade Educativa Especial
O termo surge no Reino Unido, em 1978, em um relatório. Neste período, havia um movimento de integração muito forte na Europa, onde qualquer ação de adaptação era centrada no aluno, que deveria superar suas dificuldades. O termo surge com a intenção de colocar como co-responsável pelo processo de adaptação e integração, ao lado do próprio aluno, o professor e a escola. 
Considera-se que "um aluno tem necessidades educativas especiais quando, comparativamente com os alunos da sua idade, apresenta dificuldades significativamente maiores para aprender ou tem algum problema de ordem física, sensorial, intelectual, emocional ou social, ou uma combinação destas problemáticas (...)". A palavra "comparativamente" sugere uma reflexão: se a intenção era desfocar do aluno suas dificuldades, como compará-lo a outros alunos?
No Brasil, o termo ganha força depois da Conferência Mundial da Educação Especial, em Salamanca, na Espanha, no ano de 1994.  A partir daí, o Brasil passa a adotar a terminologia em sua legislação.
Quem são os alunos portadores de necessidades educativas especiais?
Salamanca (1994) define que crianças e jovens com necessidades especiais são:
- de rua e que trabalham;
- de origem remota ou de população nômade;
- pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais;
- de grupos desavantajados ou marginalizados;
- deficientes e super-dotadas.
Existe uma abrangência em relação à definição e à terminologia necessidades educacionais especiais, o que pode gerar o esvaziamento do termo. É importante conhecer a terminologia, mas é necessário que se tome cuidado com os 'modismos' dos termos; o profissional da educação deve saber em que contexto tal definição foi produzida, o que ela realmente significa e em que ela pode auxiliar no processo.

Crianças e jovens com deficiência, transtornos e alguns casos que demandam necessidades educacionais especiais
De acordo com o Decreto 3.298, de 1999, no Brasil, são consideradas portadores de necessidades educacionais especiais pessoas que possuem algum tipo de deficiência física, auditiva, visual, mental e múltipla. 
A Política Nacional da Educação Especial, na perspectiva da educação inclusiva, traz a terminologia 'trastornos globais do desenvolvimento' e vai abordar autismo, esquizofrenia, entre outras.
Todas essas definições e categorias são ligadas ao conceito da saúde, mas é necessário que o professor:
- reconheça a complexidade destas terminologias/diagnósticos;
- conheça, para se instrumentalizar e atuar pedagogicamente;
- saiba dos riscos: pode ser estigmatizante, reduzindo uma pessoa com deficiência e também múltiplas competências a uma pessoa deficiente.

Leitura sugerida: "INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NO ENSINO REGULAR: UM DESAFIO PARA O EDUCADOR", da Mestre em Educação Roseleia Schneider. Disponível em http://www.sicoda.fw.uri.br/revistas/artigos/1_5_49.pdf

A reflexão sobre a aula deve nortear o pensamento, buscar o entendimento sobre necessidade educativa especial e deficiência e, principalmente, deve servir para que o professor não olhe para seu aluno sob a perspectiva de tal terminologia, mas pelo o que ele realmente é capaz de produzir.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vídeo-aula 3: Ética e valores na ação educativa

"Ensinamos mais pelas nossas ações e exemplos. As ações são as que dão o ser ao pregador." (José Sérgio Carvalho)


A professora Kátia Amorim, na primeira vídeo-aula da disciplina Educação Especial/Inclusiva, faz uma retomada sobre alguns tópicos já abordados neste mesmo blog.

História da escola: a quem se destina?
As três revoluções educacionais
As três revoluções educacionais foi assunto da primeira vídeo-aula da disciplina Temas Transversais e a Estratégia de Projetos. Acesso em http://educatransforma.blogspot.com.br/2011/09/temas-transversais-e-elaboracao-de.html.

Mudanças/conflitos:
camada social restrita - diversas camadas sociais
homogeneização - diversidade
legitimação da exclusão -  legitimação do direito

Como o professor pode trabalhar quando a educação implica em novas e não conhecidas bases, e, mesmo, em desconhecidos recursos e tecnologias?
De acordo com a Professora Kátia, a educação é uma instância privilegiada para que práticas intolerantes sejam evitadas, devido a seu ambiente tão heterogêneo. Assim, o professor tem a função de identificar situações de intolerância e trabalhar a fim de promover a reflexão sobre valores entre seus alunos, firmando, dessa forma, compromisso com a educação inclusiva. Lidar, conviver e ensinar aqueles que a sociedade considerou como excluídos da escola torna-se um enorme desafio para o educador, que precisa trabalhar, fundamentalmente, as relações interpessoais. A afetividade e os valores positivos ajudam na condução do processo de inclusão do diferente. Muitas vezes, a bagagem que o professor traz com ele pode criar confrontos e conflitos; por isso, é necessário que ele pense, escreva, discuta os significados da escola, da educação, do aluno regular, da diferença, da doença, da deficiência, fazendo da reflexão caminho fundamental para que o processo de inclusão aconteça de forma positiva

Para o professor nunca esquecer:
- colocar-se no lugar do outro;
- assumir os limites do próprio fazer;
- conhecer a si e ao processo da criança e da história;
- trabalhar em parceria. 

Somos todos diferentes e temos todos o direito à educação! Disponível em http://www.fe.unb.br/educaesp/images/stories/Educaesp/home/Educaesp.jpg

terça-feira, 8 de maio de 2012

Vídeo-aula 2: A ação educativa ao longo da trajetória escolar

Silvia Colello, na vídeo-aula 2, da ação educativa ao longo da trajetória escolar.

A ação educativa deve estar em perfeita sintonia com a trajetória escolar do estudante. E, ao longo dessa trajetória de vida, o que a escola representa para o aluno? Qual o papel do professor nas sucessivas etapas da escolaridade?

Educação Infantil: escola como espaço de brincar
- escola marcada pela grande novidade, é um mundo de descobertas, marcado por brincadeiras e relação com os amigos. 
Papel do professor: institucionalização: investimento nas esferas afetiva, funcional, cognitiva, linguística e de ajustamento pessoal; o professor deve mostrar ao aluno o que é a escola e como a escola funciona.
Na educação infantil, a escola é caracterizada como um ambiente de brincadeiras e socialização. Imagem de domínio público, disponível em http://www.lasalle.edu.br/upload/DSC06407.JPG.

Ensino Fundamental (1º e 2º anos): escola como espaço do aprender.
- a criança percebe que há uma cobrança e o 'brincar' começa a perder espaço para outras atividades, como ler e contar.
Papel do professor: institucionalização: apoio funcional, fortalecimento do vínculo com o saber, estimulação dos valores que regem a convivência social. 

Ensino Fundamental (3º e 4º anos): escola como espaço plural. 
Papel do professor: escolarização: fortalecimento da relação aluno-escola pelas dimensões afetiva, metodológica, funcional, cognitiva e social. 

Os primeiros anos do Ensino Fundamental são marcados pelo início das cobranças. Imagem de domínio público, disponível em http://abcdnoticias.blogspot.com.br/2010/11/sao-caetano-abre-nesta-quarta-feira.html.

Ensino Fundamental II (5º ao 9º ano) e Ensino Médio: entre o reconhecimento da escola e a disponibilidade para investir na aprendizagem.
Papel do professor: escolarização e preparação para a vida social: apoio, orientação, sensibilização, conscientização sobre aspectos da vida e responsabilidade social. 

Ensino Fundamental II: desafios da pré-adolescência. Imagem de domínio público, disponível em http://www.fetems.org.br/up_img/ensino_fundamental.jpg.

Ensino Médio: adolescência, vestibular, mercado de trabalho, estudo e "paquera". Imagem de domínio público, disponível em http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/files/2011/04/edu.jpg.


As consideração são flexíveis e o professor deve ter a sensibilidade de perceber qual é o momento do seu aluno, para, aí sim, iniciar projetos, os quais seguem princípios indicativos em função do momento do aluno. O papel do educador é acolher o aluno, trazê-lo para dentro da escola (institucionalização), escolarizar (escolarização) e, por fim, "devolvê-lo" à sociedade, de forma responsável e, espera-se, preparado para a vida social.