O professor Ulisses de Araújo ratifica, nesta vídeo-aula, que é completamente possível que haja, na escolas, uma educação de valores. Embasado nas idéias de Jean Piaget, o professor nos lembra que os valores referem-se a trocas afetivas com o exterior e surgem da projeção de sentimentos positivos sobre os objetos, e/ou pessoas, e/ou relações, e/ou sobre si mesmo.
A escola deve auxiliar na construção de valores e considerar que estes podem mudar durante o decorrer da vida. Portanto, a instituição escolar deve trabalhar a fim de construir os valores centrais no indivíduo.
Abaixo, um vídeo que traz uma reportagem veiculada na TV Vitória sobre o Projeto Educação em Valores Humanos, incentivada pelo filósofo Gonçalo de Medeiros, que tem como principal objetivo desenvolver seres humanos mais íntegros e conscientes.
Na vídeo-aula 7, a professora Valéria Borgo aborda a temática “Ética na educação escolar”. Quando falamos em ética, é importante pensar que é necessário que haja uma interação entre professor, alunos, funcionários – coletivo institucional.
Para ilustrar a vídeo-aula, trago um vídeo curto em que o professor Mario Sergio Cortella, em entrevista a Jô Soares, ilustra e exemplifica de forma muito competente questões conceituais sobre ética e moral.
Como já vimos em trabalhos anteriores, a escola tem grande responsabilidade na constituição ética e moral do indivíduo e seu papel fundamental é fazer com que o aluno adquira autonomia moral, pois trabalhar a criança hoje significa trabalhar o adulto para o mundo. A instituição escolar constitui-se como a “área” de transição entre a família e a vida social.
Muitas vezes, o professor encontra certa dificuldade de interagir com determinado aluno e estabelece juízos sobre ele. A tendência, dessa forma, é tirar a responsabilidade de si próprio. professor deve, então, pensar numa atitude de tolerância. Só assim, poderá estabelecer uma relação de produção de uma cultura escolar que venha ser progressista, fraterna e ética.
ATITUDE INTOLERANTE DO PROFESSOR: reflete a dificuldade em conviver com o diferente; os juízos estão cristalizados; ideologia/falsificação da realidade.
ATITUDE TOLERANTE DO PROFESSOR: confiança na racionalidade e no direito do outro; respeito e solidariedade.
A questão da tolerância em sala de aula, deve ser bem trabalhada, já que o espaço escolar é propício ao seu cultivo, como afirma o professor Nilson José Machado, em seu artigo “Sobre a Ideia de Tolerância”, disponível em http://www.iea.usp.br/textos/machadoideiadetolerancia.pdf. Sua leitura possibilita uma aproximação com o tema e é bastante pertinente.
Na vídeo-aula 6, a professora Valéria Arantes comenta a temática transversal em educação e aponta duas diferentes concepções para a transversalidade:
a)DISCIPLINAS ORGANIZADORAS DA ESCOLA (disciplinas como eixo vertebrador): o currículo é organizado ao redor das disciplinas. Os temas transversais conseguem lugar secundário através de atividades pontuais, palestras, projetos interdisciplinares, incorporação nas disciplinas e currículo oculto. Assim, o ensino continua fragmentado, prioriza as disciplinas, não é sistematizado e é pautado em valores individuais do professor.
b)TEMÁTICAS TRANSVERSAIS (temas transversais como eixo vertebrador): os conteúdos, aqui, deixam de ser “finalidades” da educação e passam ser concebidos como “meios” para se trabalhar temas transversais. Conteúdos são importantes, mas não devem ser o foco do sistema de ensino-aprendizagem.
NOVAS METÁFORAS PARA A TRANSVERSALIDADE
Estratégias que vão além da fragmentação das disciplinas;
Conexão da escola com o mundo externo.
A seguir, o link de um vídeo que metaforiza, de forma bastante poética, o conceito de transversalidade. Vale assistir!
A quem os avanços da ciência continuam servindo? A qual parcela da população? Será que a ciência e seus progressos são suficientes para a construção da democracia e do bem estar social?
A ciência promoveu grandes avanços para o conhecimento e educação.
Para respondermos essas questões, vamos nos lembrar dos dois objetivos básicos de uma instituição de ensino.
a)INSTRUÇÃO: conteúdos definidos por cada cultura/sociedade;
b)FORMAÇÃO ÉTICA E MORAL: cidadania.
Para que o cidadão seja formado plenamente, é preciso que noções de ética e moral façam parte do projeto pedagógico da escola, o que nem sempre acontece. Não podemos afirmar que a escola não aborde temas éticos, porém o faz de forma subjetiva, subliminar. Dizia-se que essa função competia à família. Hoje, no entanto, temos outra concepção de família (casais divorciados, mães que passam o dia fora). Assim, fica claro que a escola tem grande responsabilidade no processo de formação do indivíduo, não só do ponto de vista das disciplinas curriculares conteudistas, mas também do ponto de vista de valores éticos e morais.
Qual a principal idéia da transversalidade?
Superar o conceito de disciplinarização e levar à escola novos conteúdos de cunho moral e ético, como preconceito, saúde, cidadania.
TRANSVERSALIDADE NA EDUCAÇÃO
A palavra transversalidade sugere temáticas que perpassam diferentes campos do conhecimento. Segundo o professor Nilson Machado, valores éticos e morais não cabem em nenhuma disciplina específica; temáticas como essas devem atravessar as disciplinas.
Para que um tema seja considerado transversal, é necessário que se busquem respostas para problemas sociais preocupantes, tais como drogas ou violência; um tema transversal deve conectar a escola à vida das pessoas e ser atrelado à melhoria da humanidade.
Abaixo, um vídeo em que a psicóloga Neide Aprile comenta e exemplifica o conceito de transversalidade, embasada nas idéias de Jean Piaget.