sábado, 19 de novembro de 2011

Vídeo-aula 16: Sexualidade e prevenção de risco

O professor Li Li Min introduz o tema a ser abordado na vídeo-aula 16, a sexualidade, dando uma continuidade à aula anterior, ministrada pela professora Marici Brás. As professoras Lilia Freire e Marici Brás discutem o tema e a prevenção de risco, desde doenças sexualmente transmissíveis até a gravidez.

A distribuição de preservativos na escola é uma questão complexa e polêmica. Na opinião de alguns, a escola estaria estimulando a sexualidade nos alunos, se fornecesse camisinhas.  Outras, porém, vêem como uma forma de informação, orientação e prevenção. As professoras acreditam que a escola deve, sim, distribuir preservativos aos alunos, pois as estatísticas, infelizmente, indicam um número cada vez maior dos casos de AIDS e também, gravidez, entre os adolescentes.
De acordo com pesquisa da UNESCO, de 4 a 20% dos adolescentes nunca usaram preservativos durante uma relação sexual. Alguns adolescentes, com base na mesma pesquisa, apontaram que usam somente nas primeiras relações - deixam de usar nas próximas por considerarem o parceiro fixo.
No Brasil, grande parte das meninas ficam grávidas após a primeira relação sexual.

Dessa forma, torna-se claro que a escola deve, sim, realizar um trabalho em torno do assunto com seus alunos, a fim de conscientizá-los e orientá-los. É necessário que os profissionais envolvidos nos trabalhos, professores, médicos, palestrantes, procurem tratar o tema não apenas com base científica e teórica, mas abordando questões como afeto, respeito, possibilidade de escolha, responsabilidade de ambas as partes (e não apenas da menina).
Outra questão fundamental a ser amplamente discutida é o método de prevenção e proteção. É preciso que os adolescentes saibam que podem recorrer à dupla proteção para prevenção de DST/AIDS e para evitar a gravidez indesejada (camisinha e pílula, por exemplo).


Em entrevista à Patrícia Rizzo, a Dra. Carolina Carvalho Ambrogini, médica ginecologista e psicóloga, fala sobre o sexo na adolescência, seus benefícios e suas consequências.

A reportagem, veiculada pela TVE, de Salvador/BA, junto da entrevista com a diretora de ensino do estado da BA, Rosângela Araújo, mostra como é importante abordar o tema da sexualidade na escola.  


A escola é responsável por seus alunos e deve, por isso, agir efetivamente sobre o ser que está em plena formação, possibilitando a eles meios para que seu desenvolvimento e amadurecimento, também no aspecto sexual, aconteça de forma natural e sem riscos. 


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vídeo-aula 15 : Sexualidade na escola

Na vídeo-aula 15, o professor Li Li Min fala sobre sexualidade na escola - tema interessante e, infelizmente, de pouca abordagem no ambiente escolar. As razões pelas quais o tema não esteja em debate constante, dentre outros, podem ser o despreparo do professor para lidar com o assunto ou pelo ambiente da sala de aula, muitas vezes não propício para a discussão.

A professora Marici Brás, também médica pediatra, aborda algumas questões sobre o tema.

SEXUALIDADE NA ESCOLA
As principais dificuldades para se tratar o tema na escola são os possíveis preconceitos, os tabus, o monólogo e o pudor. 

Por que é importante abordarmos esse tema?
As taxas de gravidez na adolescência são muito altas e, além disso, no Brasil, 19% dos abortos que acontecem são entre adolescenetes.

DESENVOLVIMENTO SEXUAL
- sexualidade existe desde o nascimento;
- diferentes zonas corporais proporcionam prazer em diferentes etapas:
a) primeiros anos de vida: fase oral - boca maior fonte de prazer;
b) 18 meses a 4 anos: fase anal;
c) 3 a 5 anos, fase fálica ou genital infantil.
- 6 anos até a puberdade: fase de latência
- a partir da adolescência: fase genital adulta.


ADOLESCÊNCIA E PUBERDADE
Adolescência: passagem da infância para a fase adulta; é o momento em que ocorre um processo amplo de desenvol biológico, psicológico e social do indivíduo.
Puberdade: é um fenômeno de transformação biológica cultural. É universal e tem limites estabelecidos. 

O vídeo mostra, de forma bem didática, as principais características da fase da puberdade. 

ADOLESCÊNCIA:
- luto pela perda do corpo infantil;
- luto pela perda dos pais da infância;
- luto pela perda da identidade e do papel sócio-familiar infantil.

FASES
Início da adolescência
- meninas: 11 - 13 anos; meninos: 12 - 14 anos;
- transformações físicas e fisiológicas propriamente ditas (sexuais);
- questão central da fase - normalidade:
* imagem corporal
* diferenças sexuais
- redefinição dos modelos de relacionamento (família deixa de ser o centro - volta-se para um grupo de sexo oposto, melhor amigo do mesmo sexo).

Meio da adolescência
- meninas: 13 a 16 anos; meninos: 14 a 17;
- marcada, ainda, pelas últimas transformações físicas; ocorre uma assimilação mais harmônica do papel da pessoa na família e na sociedade; é quando o indivíduo conquista um lugar na sociedade, consegue perceber um novo papel enquanto sujeito. O maior conflito dessa fase caracteriza-se pelo desejo de independência e, ao mesmo tempo, a necessidade de conviver com a família.

Fim da adolescência
- 17 aos 21 anos;
- ocorre após a consolidação da última etapa do desenvolvimento físcio;
- identidade sexual;
- relacionamento íntimo;
- identidade de adulto;
- independência material.

PRÁTICAS SEXUAIS
- masturbação: A masturbação acontece de formas diferentes entre meninos e meninas. Nos meninos, ocorre no início da puberdade, e caracteriza-se como uma experiência individual e de descoberta, enquanto que, nas meninas, incia-se por volta dos 15 anos, tendo sua incidência é menor e, muitas vezes, acompanhada da experiência genital com um par.
A masturbação deve ser entendida como um elemento de integridade da sexualidade e não uma patologia.  É passível de preocupação quando o adolescente não tem uma incapacidade de se masturbar (angústia de relacionar a sexualidade à nova imagem corporal) ou quando a masturbação é compulsória.

- ficar: experiência de estar com o outro, trocar carícias, intimidades; momento de descobertas e sensações  sobre o corpo e sobre si mesmo. Beijos, abraços, relação sexual. Limites determinados pelo casal. O ficar é superficial e é caracterizado pela inexistência de compromisso e de continuidade, o que possibilita a experimentação. Pode, ocasionalmente, se transformar em um namoro.

- namorar: responsabilidade e fidelidade.

- virgindade: para os meninos, quanto mais cedo se perde a virgindade, melhor; em relação às meninas, a primeira experiência sexual deve ocorrer bem mais tarde.
Iniciação sexual:
- rito de passagem entre infância e juventude;
- média de idade masculina: 13, 9 anos; média de idade feminina: 15, 1 anos.
- exercício da sexualidade se faz em meio delimitado por preconceitos e rituais.
Diversidade sexual - homossexualidade
- a homossexualidade deixou de ser considerado transtorno mental em 1973;
- reformulação do conceito de gênero sobre o que é masculino e feminino e também sobre os preconceitos associados ao tema;
- é comum a incerteza de identidade presente no início da adolescência, o jovem busca um suporte com o amigo do mesmo sexo;
- medo e angústia de se confrontar com o sexo oposto;
- companhia de pares é fundamental para a segurança e permite a apropriação das características de seu próprio sexo.

- relação sexual forçada:  não se limita ao ato sexual e é mais abrangente que a violência sexual. Pode se prolongar quando ocorre dentro da família ou quando ocorre em menor idade
- incidência: 15 % meninas : por amigos ou por um homens da família; 2% dos meninos: maioria das vezes por amigas ou meninas.

PAPEL DO EDUCADOR
Discutir a sexualidade na escola é fundamental para que possamos garantir a passagem da adolescência para a fase adulta de forma saudável, favorecendo e permitindo ao adolescente que ele tenha acesso a informaçãos fundamentais e ao sexo seguro.
Em entrevista à Radio Jovem Pan, a Professora Doutora Claudia Bonfim aborda questões relacionadas à sexualidade e sua abordagem na escola.



Vídeo-aula 14: A cartografia e a representação dos lugares

Na vídeo aula 14, a professora Sonia Castellar fala sobre a cartografia e as representações dos lugares.

REPRESENTAÇÕES CARTOGRÁFICAS - MAPAS
- o mapa é um texto, uma forma de linguagem e, assim, deve ser lido. Trabalhar com cartografia na escola possibilita ao aluno realizar uma leitura crítica de sua própria realidade; 
- a partir da representação cartográfica de um local é possível fazer a crítica de um lugar;
- o professor não deve atribuir ao aluno o trabalhar de realizar a cópia de um mapa; se ele copia um mapa, e o faz simplesmente, não realiza o processo de leitura de um mapa;
- além da representação física, os mapas podem mostrar as relações sociais existentes no lugar; as informações de uma mapa carregam uma ideologia e permite uma compreensão do mundo e das relações sociais;
- os mapas representam os diferentes lugares de vivência e permitem que sejam pensadas as diferentes dimensões de pertencimento;
- os mapas reproduzem um sistema de valores culturais e históricos;

EDUCAÇÃO E A CIDADE
- aprender na cidade: cidade em torno da educação;
- aprender da cidade: cidade como fonte de saberes;
- aprender a cidade: cidade como objetivo ou conteúdo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Vídeo-aula 13: Educação Geográfica, estudo da cidade e o uso da cartografia

A professora Sonia Castellar, na vídeo-aula 13, fala sobre a cidade como projeto educativo.

ESTUDAR A CIDADE "NA CIDADE"
A cidade é o lugar de vivência dos alunos, por isso, é importante realizar um estudo sobre ela. O bairro nos ajuda a entender a dimensão social, econômica e cultural da comunidade a que pertence a escola e seus alunos.
Fazer da cidade um objeto de educação geográfica significa superar a superficialidade da conceituação e estabelecer uma relação mais eficaz entre o saber formal e o informal - professores e gestores devem entender que, para integrar o currículo e integrar a cidade, as aulas devem acontecer externamente, superando os limites dos muros da escola. A partir daí, é possível pensar em outros espaços de organização da aula (além do já conhecido e tradicional espaço da sala de aula) como museus, feiras, casa de cultura, parques, festas, trabalho de campo. A vivência permite aos alunos adquirirem um capital cultural diferente e até diminuírem conflitos internos, fazendo, também, com que a criança entenda que a cidade é um objeto real de educação.
A cidade educadora desenvolve a aprendizagem, pois é um currículo focado no conteúdo, sem estar preso a uma organização de conteúdo.  
Ao estudar a cidade, os alunos descobrem que ela é mais do que uma decodificação das informações que são reveladas na sua aparência - é possível descobrir sua estrutura, sua gênese e sua função.
Para estudar a cidade é importante ter todos os aspectos ao mesmo tempo: território, local de vivência, circulação diária,  representações simbólicas do lugar. 

A TEMÁTICA URBANA
a) Enfoque morfológico: ênfase na descrição de formas construtivas e visíveis, por exemplo:
- classificação dos bairros;
- tipos de edificação;
- redes de circulação;
- tipos de estabelecimento;
- redes sociais.

b) Enfoque histórico: o ensino se organiza a partir dos relatos da biografia da cidade e da vida de seus habitantes, por exemplo:
- história de vida;
- mudanças e permanências;
- tempo.

c) Enfoque ambiental:  problemática do meio ambiente.
- análise do meio físico e os impactos das construções;
- o cidadão como protagonista; ensino centrado no conhecimento e exercício dos direitos do cidadão.

FINALIDADE DO ESTUDO DA CIDADE
Investigar:
- como vivem as pessoas;
- como as cidades funcionam;
- as redes de circulação;
- qualidade de vida;
- elaboração do plano diretor;
- análise ambiental.