sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vídeo-aula 20: A complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humanos

Na vídeo-aula 20, a professora Kátia Amorim discute a complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humano.


Estudo do desenvolvimento: a perspectiva de que a criança se transforme de acordo com relógios biológicos ainda vigora, porém essa noção tem se transformado ao longo do tempo e cada vez mais as pessoas têm dicustido o desenvolvimento da criança em relação com o outro. O desenvolvimento da criança depende de um conjunto grande de outros fatores que envolvem sua família e todo seu entorno social  - prioridade da relação sobre o indíviduo isolado. O processo de análise do desenvolvimento infantil é complexo, por isso é preciso entender a criança dentro de um conjunto amplo e passar a compreendê-la por meio de processos biológicos, psicológicos e sociais.
É fundamental para a criança a presença de um mediador, que pode trazer elementos da cultura, novos ensinamentos. O desenvolvimento ocorre ao longo de todo o ciclo vital, nas e por meio das interações estabelecidas entre as pessoas, em contextos social e culturalmente organizados.
A criança se relaciona com muitas pessoas e em cada contexto ela é colocada em papéis diferentes.


Nós, educadores, precisamos observar e conhecer em qual contexto social e cultural a criança convive; assim, aprederemos mais sobre ela, as raízes de seu comportamento e, consequentemente, saberemos auxiliá-la melhor no processo de ensino e aprendizagem.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Vídeo-aula 19: O todo pela parte

Na vídeo-aula 19, a professora  Ticiana Roriz  fala sobre a questão do estigma.

1. Fig. Visão negativa e muito arraigada, numa sociedade, a respeito de determinada prática, comportamento, doença etc.
2. Fig. Qualquer marca ou característica considerada negativa, desonrosa. 


Possuímos algumas características individuais que podem ou não serem exaltadas, das quais gostamos ou não, dependendo da situação. Podemos aprender com outras pessoas, com características que elas possuem e também aprender a lidar com nossas próprias características. Alguns atributos são mais valorizados em detrimento a outros.

Segundo Goffman:
- "o estigma: situação do indíviduo que está inabilitado para a aceitação social plena."
- "Um indíviduo que poderia ter sido facilmente recebido na relação social, possui um traço que pode se impor à atenção e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus" - o poder do estigma em fazer com que o outro não enxergue outros atributos no semelhante, a não ser sua deficiência.  
- "O que é preciso é uma linguagem de relações e não de atributos" - focar a relação, não a pessoa.
- "Um atributo que estigmatiza alguém pode confirmar a normalidade de outrem, ele não é em si mesmo, nem honroso nem desonroso"
- "Diferenciar estigmatizado desacreditado de desacreditável: desacreditado - característica distintiva evidente; desacreditável: ele não é imediatamente perceptível." Articulação com a vida escolar.
- Tendemos a inferir uma série de imperfeições a partir da imperfeição original - acreditar que todas as imperfeições da criança são advindas da imperfeição original.
- Pode-se ainda, generalizar a deficiência: ex.: gritar com um cego, dirigir-se a uma pessoa com deficicência física de forma infantilizada.
- A pessoa estigmatizada, com deficiência, pode sentir-se em exibição.
- Quanto maiores as desvantagens da criança, mais provável que ela seja enviada a uma escola especial - como se ela estivesse mais protegida quando está entre seus iguais, porém, a experiência com os ditos normais aumentam o repertório de situações vividas, o que ajuda na resolução de problemas e enfrentamento de situações constrangedoras.
- Terminologia: a maneira como nos referimos a essas pessoas influencia as práticas.
- Ambiente escolar mais sério, somos modelo para as crianças.

Nós, professores, devemos quebrar nossas certezas. Não imaginar, no primeiro dia de aula, que aquela criança que tem uma deficiência mental, por exemplo, não vai aprender a ler ou a criança que não anda não vai aprender a estar com os colegas, não vai gostar do recreio ou dou parquinho. Precisamos enxegrar a criança para além da sua deficiência.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Vídeo-aula 18: A escola e as instituições culturais

A professora Rosa Iavelberg, na vídeo-aula 18, fala sobre as relações entre as escolas e as instituições culturais.

As instiuições culturais reúnem objetos de arte interessantes às aprendizagens escolares. Por esse motivo, é pertinente que as escolas promovam visitas, presenciais e virtuais, a museus, casas de cultura, feiras, mostras. Os objetos de arte expressam conteúdos de diversas áreas do conhecimento escolar e favorecem seu ensino de modo vivo e instigante tanto da arte universal como das culturas importantes de sua região.

Como exemplo, a professora Rosa citou Mona Lisa, obra-prima de Leonardo da Vinci, artista este multidsciplinar, capaz de oferecer diversos temas para serem estudados por diversas faixas etárias, já que, além de obras de arte, inventou máquinas, escreveu fábulas e textos sobre arte e natureza. A Mona Lisa, em exposição no Museu do Louvre, em Paris, pode ser visitada de forma virtual por meio do site do Museu, http://www.louvre.fr/.

A cultura brasileira também deve, obviamente, fazer parte do currículo escolar, conscientizando os estudantes do valor da convervação de um patrimônio público. Por exemplo, como mostrou a professora, o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, que reúne achados arqueológicos dos povos pré-históricos do NOVO MUNDO. A preservação do patrimônio cultural e natural do parque é trabalhada pela equipe do Museu do Homem Americano, situado a 35 Km do Parque. Neste Museu, ocorrem exposições permanentes.

Após as visitas e estudos acerca dos patrmônios culturais, o aluno pode manifestar os conhecimentos adquiridos de diversas formas, inscrevendo sua arte nos muros e ruas da cidade (com autorização pública), por exemplo, e compartilhá-los com toda a comunidade.

Links úteis:
O site Era Virtual, por meio do link www.eravirtual.org, reúne passeios virtuais pelo Museu de Artes e Ofícios, de Belo Horizonte (MG), O Museu Nacional do Mar, de São Francisco do Sul (SC), a Casa de Cora Coralina, de Goiás Velho (GO), o Museu Victor Meirelles, de Florianópolis (SC) e o Museu do Oratório, de Ouro Preto (MG).  

O site "Moom - The Museus of Online Museums", www.coudal.com/moom, reúne todos os museus do mundo que possuem acervo online.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Vídeo-aula 17: O professor e a cidade educadora

A professora Rosa Iavelberg fala sobre a cidade educadora.

A cidade está repleta de "objetos artísticos". Nem sempre, é possível decodificar as imagens que vemos todos os dias em toda sua profundidade, reconhecendo os valores contidos nelas. Por isso, é de grande valia promovermos um estudo em torno desses "objetos" urbanos. A paisagem urbana é datada e suas visualidades formam o olhar, que se acomoda e aprende. O antigo e o novo coexistem nas cidades.
Esse estudo pode ser feito em uma maneira espontânea ou informada - que é o papel da educação escolar: fazer a mediação, usando como suporte e conteúdo inscrito na cidade. O professor deve utilizar os equipamentos e as obras de arte presentes no espaço público com o objetivo de expandir o universo cultural dos alunos.

Para ilustrar uma forma possível de realização de um projeto de estudo que se utiliza do espaço público, a professora Rosa exemplificou com a Estação da Luz, estação ferroviária de SP.

O prédio da Estação da Luz, em SP. Disponível em http://www.saopaulo.com.br/wp-content/uploads/2011/10/estacao-da-luz.jpg

Possíveis etapas 
- pesquisar no site da Estação da Luz e selecionar conteúdos a serem estudados na visita (data da inauguração, área em que ela ocupa, arquitetura, ponto turístico, restauração assumida pelo governo - valor do patrimônio cultural, artístico, arqueológico e turístico, tombamento);
- preparar os alunos para a visita com aulas sobre os conteúdos da escola;
- durante a visita, informar e deixar fruir;
- promover a interação entre os pares;
- depois da visita: retormar conteúdos e propor tarefas de assimilação do que foi trabalhado;
- propor trabalhos práticos e reflexivos orientados às aprendizagens que se quer consolidar.

No planejamento, o professor deve considerar:
- o material de pesquisa levantado e as ações que pode desenvolver;
- os conteúdos adequados aos grupos de alunos;
- o interesse e o envolvimento com a aprendizagem que o projeto despertará nos alunos.

O professor planeja ações e visistas para o aluno, que passa a  conhecer os espaços públicos com olhos para ver e saberes para interpretar o traçado urbano, a arquitetura, os monumentos e as obras de arte. O aluno, assim, irá frequentar o espaço público de maneira informada, compreendendo o que está vendo.  Desde a educação infantl pode-se estudar o espaço público com o bejtivo de formação cultural; muitos pais, avós, moradores e parentes são fontes vivas de informações sobre o lugar onde se vive e a história da região. Os alunos podem participar da pesquisa trazendo fotos antigas de seus familiaries no espaço da cidade de origem e compará-las com apoio do professor às paisagens culturais.

Outros exemplos de paisagens urbanas que podem ser estudados em sala de aula:


A Igreja de São Francisco de Assis em Belo Horizonte. Disponível em http://www.constelar.com.br/blog/media/blogs/politica/niemeyer/pampulhaigreja.jpg


Palácio Imperial, em Petrópolis, no RJ. Disponível em http://arquiteturadobrasil.files.wordpress.com/2010/03/palacio-imperial1.jpg


Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio, em Jaú, interior de SP. Disponível em http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Igreja_em_Ja%C3%BA_150606_REFON_.jpg.

Rodoviária de Jaú, SP. Disponível em http://farm4.static.flickr.com/3522/3792573135_83cf26f366.jpg.


Ensinar sobre a arte presente na rua é valorizar a arte no cotidiano das pessoas e no espaço público.

O vídeo, promovido pela Univesp TV, traz informações sobre a Estação da Luz. O que é possível aprender em um patrimônio histórico?