quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vídeo-aula 10: Interdisciplinaridade e transversalidade na educação


O professor Nilson José Machado. Disponível em http://arquivos.tribunadonorte.com.br/fotos/52749.jpg

Para o professor Nilson José Machado, a interdisciplinaridade surge como um chamado para que haja relações mais fortes entre as disciplinas. Para ele, a transversalidade surgiu como uma reação à fragmentação das disciplinas. Dessa forma, poderiam ser trabalhados temas que atravessam transversalmente as disciplinas, como questões relacionadas a valores.
O autor ainda salienta que o mundo não é disciplinar. Como a escola tem como principal função oferecer a compreensão de mundo, a escola necessita de criar uma inter-relação entre as disciplinas para, assim, tornar-se transversal.
Cabe destacar, em meio à discussão sobre interdisciplinaridade, René Descartes que, através de seu ‘Discurso do Método’, foi um dos primeiros a propor a “unidade do saber”. As regras do método consistem em analisar o fenômeno, dividir o fenômeno – do simples para o complexo. Em contrapartida, temos Edgard Morin, que vai contra o processo de simplificação pois, segundo ele, “mutila o conhecimento” e  impede que o saber mais  complexo seja adquirido. O sistema, assim, ensina a separar e não realizar.

No vídeo, um resumo com as principais idéias do método elaborado por Descartes.


Para conhecer mais a respeito das ideias de Edgar Morin sobre os conceitos de teoria e método: 
 http://www4.uninove.br/ojs/index.php/cadernosdepos/article/viewFile/2088/1566



 A solução para a discussão, como afirma o professor Pablo Rubens Mariconda, seria criar uma associação entre os métodos contextualizadores e alternativos, para uma visão mais unitária.




segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Vídeo-aula 12: Perspectivas atuais da educação em valores

O professor Ulisses de Araújo, na vídeo-aula 12, apresenta algumas propostas para que a  construção de valores aconteça, de forma significativa, no ambiente da sala de aula. Vejamos:

- gestão por meio de um fórum: um fórum organizado na escola articula segmentos da comunidade, escolar e não-escolar, que se disponham a atuar no desenvolvimento de ações mobilizadoras em torno de temáticas de ética, democracia e cidadania no convívio escolar, focando, principalmente, ética, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social. A família participa não só indo a reuniões bimestrais para pegar um boletim ou estar a par do comportamento e rendimento de seus filhos, mas pode discutir e opinar, participando, ativamente, do programa escolar. O professor Ulisses ilustra a proposta com um exemplo de projeto desenvolvido por ele em escolas públicas da Zona Norte de São Paulo – comunidade, professores, diretores, alunos, membros de ONGs se encontram para debater, esclarecer e solucionar questões relacionadas à ética e à cidadania.
- “para fora” da escola: o entorno da escola deve ser lembrado. Muitas vezes, o bairro está sofrendo inúmeros problemas, que afetam diretamente o cotidiano escolar. Os alunos podem “ir a campo’’, sair da escola para problematizar, elaborar projetos e procurar uma solução para determinada situação.
- “para dentro” da escola: os problemas externos podem ser trazidos para o currículo, através de projetos, temas transversais. Quando o contexto social é levado para dentro da escola, o conhecimento torna-se significativo na vida dos estudantes. Importante ressaltar que os temas trabalhados transversalmente devem estar ligados à moral, ética e cidadania, trabalhando a conscientização.
- o protagonismo dos estudantes: constitui-se chave de toda a mudança. O professor deixa de ser o detentor do conhecimento e oferece a seu aluno um papel ativo. A escola deve considerar projetos e ações que promovam o acesso aos bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea e garantam uma formação política aos jovens de modo a lhes permitir participar da vida social de forma mais crítica, dinâmica e autônoma. 
Está claro, assim, que para que é necessário que a escola trabalhe questões relacionadas à ética e à moralidade em seu cotidiano; a tarefa torna-se muito mais produtiva quando envolve toda a comunidade escolar. 
O vídeo abaixo traz o poema ‘Tecendo a manhã’, de João Cabral de Melo Neto. 


Uma breve reflexão sobre o poema nos permite concluir que, quando se trabalha em conjunto, de forma unida e visando um mesmo fim, os resultados são, certamente, positivos e significativos na vida de todos os envolvidos. 

Vídeo-aula 11: Perspectivas atuais das pesquisas em Psicologia Moral

Segundo a professora Viviane Pinheiro, a moralidade faz parte de nossa identidade. Para ilustrar sua fala, traz uma representação gráfica proposta pelo professor Ulisses de Araújo.




A ilustração representa o sujeito psicológico, quem é ele e qual é o universo em que ele interage. Disponível em http://www.lite.fae.unicamp.br/cursos/ep409/txt1.htm

Dando prosseguimento à aula, a professora Viviane faz alguns apontamentos a respeito de valores.
- “Valores referem-se a trocas afetivas com o exterior e surgem da projeção de sentimentos positivos sobre os objetos, e/ou pessoas, e/ou relações, e/ou sobre si mesmo” -  definição por Ulisses de Araújo, já exposta em aulas anteriores;
- sujeito tem papel ativo na construção desses valores;
- podem ser morais ou não;
- a moralidade não se guia apenas pelo princípio da justiça;
- estabelecem-se como centrais (principais) e/ou periféricos (secundários) no sistema moral do sujeito;
- importância do contexto vivenciado pelo sujeito nessa construção.
- podem ser regulados pelos sentimentos;
- integram-se e vão se organizando no sistema moral dos sujeitos de uma forma hierárquica;
- integração como papel de regulação do sistema moral.

IMPLICAÇÕES DAS DESCOBERTAS DA PSICOLOGIA MORAL SOBRE VALORES NA EDUCAÇÃO SOBRE VALORES

O que poderia ser feito na escola a partir dessas descobertas sobre valores?
- Sujeito ativo na construção de valores > a escola precisa pensar em formas e metodologias que possibilitem ao sujeito refletir e construir seu próprio aprendizado.
- Moralidade não se guia apenas pelo princípio da justiça > é preciso que a escola também trabalhe valores, além de regras e deveres a serem cumpridos pelos alunos.
- Valores centrais e periféricos e a importância do conteúdo do meio > a escola deve trabalhar os valores como objetos de conhecimento, e não apenas quando há conflitos; deve elaborar sequências didáticas planejadas e projetos voltados para a construção de valores pelos alunos em diversas situações.
- Sentimentos podem regular os valores > a escola pode incluir a explicitação dos sentimentos e dos valores para compreensão da regulação exercida por eles.

domingo, 18 de setembro de 2011

Vídeo-aula 9: Ciência e educação


De acordo com o professor Luís Carlos de Menezes, o currículo escolar não é formado apenas pelo discurso do professor. O currículo deve promover o processo formativo do aluno, desenvolvendo suas competências e habilidades. A ciência compõe-se desses conteúdos.
Vejamos alguns aspectos do ensino da ciência expostos pelo professor:

a)      CIÊNCIA COMO LINGUAGEM
Disponível em http://www.4work.pt/cms/uploads/pics/rotulos2.jpg

Leitura de um jornal, acompanhamento de um relatório, interpretação de um rótulo de alimento – ações como essas implicam o domínio das linguagens científicas / matemáticas. Assim, uma das primeiras funções da ciência é promover o domínio dessas linguagens e tornar o sujeito apto a compreendê-las.


b)      CIÊNCIA COMO INTRUMENTO PRÁTICO
Disponível em http://pressunitedcajatambo.blogspot.com/2009/07/influenza.html

Avaliar uma conta de energia e ser capaz de decidir pela troca de um chuveiro, a fim de economia, distinguir um resfriado de uma gripe mais grave são dois dos inúmeros exemplos que podem ser citados de competências relacionadas ao conhecimento científico. É fundamental que os alunos deixem de pensar na ciência como algo próprio apenas de cientistas, e passem a visualizá-la como conhecimentos de natureza instrumental, ou seja, prática.

     c)      CIÊNCIA COMO VISÃO DE MUNDO
Aqui o professor deixa claro que a ciência não deve ser considerada como o domínio das certezas; pelo contrário, a ciência permite a dúvida permanente, e está sempre em busca de verdades transitórias e que podem ser superadas.


 Como desenvolver o aprendizado da ciência?
Lições de ciência são melhores absorvidas quando há a observação, a prática e a discussão, através de pequenos projetos de execução coletiva. 

             

O vídeo mostra um projeto criado pela escola primária de Carvalhos, em Portugal. São imagens e pequenos vídeos que ilustram como a ciência pode ser transmitida de forma prática e prazerosa.