sábado, 10 de dezembro de 2011

Vídeo-aula 27 : Stress e ansiedade na infância e na adolescência

A professora Paula Fernandes, na vídeo-aula 27, aborda o tema "stress e ansiedade na infância e na adolescência", que influenciam no desenvolvimento acadêmico e na relação entre os alunos.

Stress e Ansiedade
- reações do organismo diante de situações difíceis ou excitantes - qualquer pessoa pode apresentar stress ou ansiedade em algum momento da vida.
- em períodos de stress e ansidedade: equilíbrio da pessoa é afetado e cada órgão passa a trabalhar em ritmo diferente dos demais; dependendo da duração dos sintomas e da interpretação dos estímulos, pode haver uma quebra do equilíbrio interior e enfraquecimento do organismo, além de sintomas e doenças.

ANSIEDADE
- características biológicas e psicológicas que antecedem momentos de perigo, real ou imaginário;
- marcada por sensações corporais, geralmente desagradáveis, como vazio no estômago, taquicardia, sudorese, medo intenso, aperto no peito, rubor, calafrios, nó na garganta, confusão.
- nem sempre pode ser considerada ruim: é também considerada uma energia que move o ser humano.

Em reportagem de Lisa Fávaro, veiculada pela TV Universitária, alguns apontamentos sobre a ansiedade infantil.


Reportagem veiculada pelo programa Hoje em Dia, da Rede Record de Televisão, sobre ansiedade infantil.

STRESS INFANTIL
- toda criança já enfrenta situações estressasntes: acidentes, doenças, hospitalizações, mudanças, tensões geradas pela necessidade de sempre ter autocontrole;

Causas do stress infantil:
a) causas internas: características da personalidade, pensamentos e atitudes da criança diante de situações da vida, interpretação - ansiedade, depressão, medo do fracasso, preocupação com mudanças físicas, interpretações amedrontadoras.
b) causas externas: devido a mudanças significativas na vida da criança, como brigas e separação dos pais, perdas, disciplinas confusas, nascimento de irmão, doença e hospitalizações, trocas de professores.

Consequências quando não tratado: asma, úlceras, alergias, distúrbios dermatológicos, diarreia, tiques nervosos, dores abdominais, resistência reduzida, hipertensão alterial, obesidade e bronquite.

- uma situação pode ou não ser estressante, depende no nível de interpretação da criança.
- existem crianças praticamente invulneráveis às tensões da vida, e outras são mais sensíveis.

O vídeo traz uma reportagem sobre o stress infantil. O pediatra Moisés Chencinski fala sobre como evitar o stress infantil, em entrevista veiculada pelo Programa Hoje em Dia, da Rede Record de Televisão. 

Papel do professor
Ações do professor capazes de minimizar os efeitos do stress infantil
- conhecer os alunos;
- motivar os alunos;
- incentivar os alunos a perguntarem;
- escutar o aluno, sem críticas ou julgamentos;
- promover autoconfiança e reconhecimento;
- respeitar o ritmo de cada um;
- promover atividades em grupos;
- promover atividades calmas e tranquilas;
- servir como modelo para o aluno, o professor deve adequar suas atitudes.
É importante que o professor tenha o cuidado de não levar até o aluno seus próprios problemas, pessoais ou profissionais, pois podem interferir na relação de ensino e aprendizagem do aluno

A ansiedade e o stress infantil não se manifestam isoladamente; é preciso compreendê-los omo um conjunto de sintomas, e realizar encaminhamentos a especialistas quando necessário.


MAIS:O link http://www.guiame.com.br/v4/25154-1702-No-Brasil-80-das-crian-as-t-m-algum-sintoma-de-estresse-infantil.html traz uma reportagem sobre o stress infantil no Brasil. 



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Vídeo-aula 26: Uh-Batuk-Erê: Uma ação de comunidade

O professor Edson Azevedo, na vídeo-aula 26, traz uma experiência realizada na EMEF Professora Esmeralda Salles Pereira Ramos, no Tremembé. 
O projeto Uh-Batuk-Erê, tendo a arte como mediadora do multiculturalismo presente na identidade brasileira, iniciou-se devido aos estigmas observados na comunidade escolar: baixa autoestima, dificuldade de se colocar e expressar opiniões, distorções de identidade. Os muitos conflitos existentes no ambiente escolar e, na comunidade, mais amplamente, impulsionou o projeto, que tinha como objetivos principais garantir maior autonomia entre os alunos e estabelecer uma relação de diálogo entre os diversos saberes e tradições.

Etapas do projeto
1) encontros de formação;
2) oficinas: percussão, dança, capoeira, artesanato, oralidade, canto;
3) fóruns comunitários: espaço de discussão (demanda, estigmas, preconceitos, tomadas de decisão). A escola, assim, passa a assumir seu papel de responsabilidade em relação aos problemas da comunidade. Contato com leituras e textos - elaboração da Carta ao Esmeralda (carta de intenções com demandas colocadas pelos membros da própria comunidade e encaminhada para órgãos responsáveis);
4) trilhas culturais - jovens protagonistas vivenciando outros espaços da cidade de cultura e lazer;
5) apresentações externas (levar a experiência para outras comunidades) e internas (mostrar para a comunidade, em confraternizações, os resultados positivos do projeto - mudanças de comportamento entre os alunos, por exemplo).  

Conquistas locais e externas 
Locais: reconhecimento da escola como ser de referência de cultura afro-indígena. A escola obteve prêmios e mençoes honrosas - fortalecimento do grupo.
Externas: âmbito federal. Os alunos cumpriram seu papel de protagonistas e organizaram o espetáculo "Mulheres e Divindades", exibido em São Paulo.

O que o projeto trouxe de inovador?
Fundamentalmente, o diálogo permanente entre a ação, a emoção e a nova ação, em um processo contínuo de formação que aproxima seus componentes - processo de ruptura.

O que mudou com o projeto?
- relação como grupos;
- atuação e envolvimento nos espaço-escola;
- compartilhamento de ações coletivas;
- encontros comunitários;
- redução de preconceitos e desigualdades;

Em que os alunos passaram a acreditar?
- resultados concretos e mensuráveis;
- ressignificação da escola como elemento agregador;
- envolvimento da comunidade;
- valorização do saber popular associado ao sistematizado;
- construção da cidadania com emoção e conhecimento;
- formação e reconhecimento de suas próprias histórias.

Após as apresentação do projeto Uh-Batuk-Erê, fica claro que a escola tem um papel muito grande de responsabilidade comunitária, e pode, junto à comunidade, transformar espaços, indo além de seus muros. Os fóruns precisam exisitr, como espaços de discussão e busca de soluções para os problemas enfrentados pela escola e comunidade.

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Fernando Pessoa)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vídeo-aula 25 : Relações com as comunidades e a potência do trabalho em rede

O  mundo em que vivemos, hoje, é multifacetado. Disponível em http://www.historiadomundo.com.br/upload/Historia%20Contemporanea%20-%20HISTORIA%20DO%20MUNDO.jpg

Na vídeo-aula 25, a professora Patrícia Junqueira Grandino considera alguns aspectos da realidade histórica a qual vivenciamos (contemporaneidade). Vivemos um tempo de fragmentação, na qual a realidade é multifacetada e a sucessão dos eventoss assume um ritmo frenético, o que impõe alguns efeitos nas relações entre as pessoas e na produção de subjetividade.

Contemporaneidade
- final do século XX (últimos 35 anos), notáveis descobertas e progressos científicos, progressão do nível de vida;
- crescimento econômico não garante equidade, não garante o respeito pela condição humana.
Vivemos em tempos de paradoxos, pois é possível perceber, em nosso cotidiano e em nossas grandes relações, tensões dificlmente superadas. 

Tensões
- cultura de massa x cultura local: tornar-se cidadão do mundo sem perder referências e pertencimento à comunidade de origem;
- tradição x modernidade: construir sua autonomia em dialética com a liberdade e a evolução do outro, dominar o progresso científico;
- competição x igualdade de oportunidades: conciliar a competição que estimula, a cooperação que força e a solidariedade que une.

Comunidades: realidade social que garante a permanência de laços sociais mais estreitos - locais de afirmação de identidade de sujeitos e grupos. Em uma comunidade, há relações de afetos e sentimento de pertença e potencial de solidariedade pelo reconhecimento recíproco (família, associações, igrejas). As 
comunidades podem ser consideradas espaços privilegiados de garantia e exercício da cidadania. 

Trabalho em rede - importantes trabalhos de intervenção comunitária.
Objetivos: 
- potecializar os recursos da comunidade;
- fortalecer a implicação dos diferentes atores de uma comunidade;
- problematizar questões emergentes da comunidade coletivamente;
- identificar estratégias de enfrentamento compartilhadas.

Como exemplo de trabalho em rede, a professora Patrícia destaca:

Quais seriam os atores que poderiam ser convocados a participar dessa discussão e operar no sentido de pensar estratégias de intervenção para essa realidade ?

Atores potenciais: professores, conselheiros tutelares, líderes religiosos, mães, pais, avós (a importância nessa perspectiva da tradição, as relações inter geracionais e o ganho que elas podem oferecer num trabalho de acolhimento e fortalecimento dos vínculos), educadores sociais, agentes comunitários de saúde, adolescentes, universidades.

Organização de um plano de atividades ativas e participativas sobre a temática:
- fóruns de discussão sobre o ECA;
- formação de adolescentes multiplicadores de práticas de solidariedade comunitária;
- oficinas de pais e educadores (efeito preventivo).


Os resultados, assim, são potencializados, os vínculos, fortalecidos e as relações entre membros da comunidade passam a acontecer, de fato.