quinta-feira, 17 de maio de 2012

Vídeo-aula 15: Como anda a educação especial no país??

A professora Kátia Amorim traz algumas informações sobre a educação especial no país.

Segundo dados do MEC - Ministério da Educação - o número de matrículas de alunos com necessidades especiais cresceu consideravelmente entre os anos de 1998 a 2006. Esses alunos, que frequentavam escolas especializadas, estão passando a frequentar escolas regulares, porém, a maioria ainda está fora da escola.  

O cenário da educação especial no Brasil em escolas regulares - complicações
- Registros e informações: precários, irregulares e lacunares. Na escola especial, temos o registro detalhado e regular.  As escolas regulares apresentam dificuldade em ter um registro de seus alunos. Quando existe a dificuldade de ter acesso à informações particulares de cada estudante, torna-se muito difícil traçar um diagnóstico de situações e, consequentemente, obter recursos necessários.
- Diagnóstico: os relatórios são dados de maneira diversa, impossibilitando a instrumentalização de professores para trabalhar com os alunos. Importante salientar também que um grande número de crianças não possuem sequer diagnóstico, o que, mais uma vez, reflete na impossibilidade de se conseguir recursos.
- Não diferenciação entre os graus de deficiência: é necessário que a deficiência discente seja especificada. Diagnósticos vagos não auxiliam a criança nem ao processo de inclusão. É fundamental lembrar, aqui, que o diagnóstico deve ser oferecido por um profissional da saúde especializado e não pelo professor. Dentre os diferentes diagnósticos que são dados, pode-se observar uma dominância da deficiência intelectual; as outras deficiências variam nas diferentes redes de ensino, o que se deve, fundamentalmente, a existência ou não de suporte. A questão do diagnóstico é uma questão central.
- Dominância absoluta de meninos: a maioria absoluta dos diangósticos é de meninos. A preocupação: será que as meninas estão sofrendo múltiplas exclusões? O mito do menino impossível se transformou em menino deficiente?
- Tempo de pemanência na escola: o tempo de permanência é quase desastroso. Na escola pública, a maioria absoluta fica de um a quatro anos no ensino regular. Um grande contingente chega a ficar somente um ano. As crianças com deficiência frequentam a escola, mas não permanecem lá. Nas escolas especializadas, as crianças podem passar o resto de suas vidas.

Escola especial
- Nos últimos 10 anos, o número de educandos aumentou cerca de 6, 44%.
- Prevalência de atendimentos da instituição - dois focos centrais: EJA (30,5%) e Educação Precoce (28%) - não certificam, de fato, o que possibilita uma inserção no mercado de trabalho.
- Parceria com o ensino regular ainda é muito baixa.

O país está longe de atender sua demanda de crianças e jovens com dificuldade especial. Cabe ao professor dialogar com a gestão para que haja na escola, ao menos, o registro, que permite diagnosticar a situação e garantir formas de intervenção.

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