segunda-feira, 4 de junho de 2012

Vídeo-aula 17: O professor e a cidade educadora

A professora Rosa Iavelberg fala sobre a cidade educadora.

A cidade está repleta de "objetos artísticos". Nem sempre, é possível decodificar as imagens que vemos todos os dias em toda sua profundidade, reconhecendo os valores contidos nelas. Por isso, é de grande valia promovermos um estudo em torno desses "objetos" urbanos. A paisagem urbana é datada e suas visualidades formam o olhar, que se acomoda e aprende. O antigo e o novo coexistem nas cidades.
Esse estudo pode ser feito em uma maneira espontânea ou informada - que é o papel da educação escolar: fazer a mediação, usando como suporte e conteúdo inscrito na cidade. O professor deve utilizar os equipamentos e as obras de arte presentes no espaço público com o objetivo de expandir o universo cultural dos alunos.

Para ilustrar uma forma possível de realização de um projeto de estudo que se utiliza do espaço público, a professora Rosa exemplificou com a Estação da Luz, estação ferroviária de SP.

O prédio da Estação da Luz, em SP. Disponível em http://www.saopaulo.com.br/wp-content/uploads/2011/10/estacao-da-luz.jpg

Possíveis etapas 
- pesquisar no site da Estação da Luz e selecionar conteúdos a serem estudados na visita (data da inauguração, área em que ela ocupa, arquitetura, ponto turístico, restauração assumida pelo governo - valor do patrimônio cultural, artístico, arqueológico e turístico, tombamento);
- preparar os alunos para a visita com aulas sobre os conteúdos da escola;
- durante a visita, informar e deixar fruir;
- promover a interação entre os pares;
- depois da visita: retormar conteúdos e propor tarefas de assimilação do que foi trabalhado;
- propor trabalhos práticos e reflexivos orientados às aprendizagens que se quer consolidar.

No planejamento, o professor deve considerar:
- o material de pesquisa levantado e as ações que pode desenvolver;
- os conteúdos adequados aos grupos de alunos;
- o interesse e o envolvimento com a aprendizagem que o projeto despertará nos alunos.

O professor planeja ações e visistas para o aluno, que passa a  conhecer os espaços públicos com olhos para ver e saberes para interpretar o traçado urbano, a arquitetura, os monumentos e as obras de arte. O aluno, assim, irá frequentar o espaço público de maneira informada, compreendendo o que está vendo.  Desde a educação infantl pode-se estudar o espaço público com o bejtivo de formação cultural; muitos pais, avós, moradores e parentes são fontes vivas de informações sobre o lugar onde se vive e a história da região. Os alunos podem participar da pesquisa trazendo fotos antigas de seus familiaries no espaço da cidade de origem e compará-las com apoio do professor às paisagens culturais.

Outros exemplos de paisagens urbanas que podem ser estudados em sala de aula:


A Igreja de São Francisco de Assis em Belo Horizonte. Disponível em http://www.constelar.com.br/blog/media/blogs/politica/niemeyer/pampulhaigreja.jpg


Palácio Imperial, em Petrópolis, no RJ. Disponível em http://arquiteturadobrasil.files.wordpress.com/2010/03/palacio-imperial1.jpg


Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio, em Jaú, interior de SP. Disponível em http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Igreja_em_Ja%C3%BA_150606_REFON_.jpg.

Rodoviária de Jaú, SP. Disponível em http://farm4.static.flickr.com/3522/3792573135_83cf26f366.jpg.


Ensinar sobre a arte presente na rua é valorizar a arte no cotidiano das pessoas e no espaço público.

O vídeo, promovido pela Univesp TV, traz informações sobre a Estação da Luz. O que é possível aprender em um patrimônio histórico?

Nenhum comentário:

Postar um comentário