terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vídeo-aula 1: As revoluções educacionais

Como nos apresentou o professor Ulisses Araújo em nossa primeira aula, o sistema de educação passou por algumas mudanças ao longo dos séculos. Para que possamos entender os problemas e desafios da escola contemporânea, precisamos conhecer todo o processo pelo qual passou a educação tal qual a conhecemos hoje. Com base no que afirma o autor espanhol  José M. Esteve, a educação passou por três grandes revoluções. Abaixo, as características de cada uma delas.

1ª revolução educacional
A 1ª revolução educacional dura 2.000 anos. O acesso à escola limitava-se à classe burguesa e aristocrata; assim, apenas uma pequena parcela da população frequentava as então chamadas ''casas de instrução''. Relação aluno-professor individualizada.

2ª revolução educacional
A 2ª revolução educacional tem como marco o decreto do Rei Frederico Guilherme II, que tornava obrigatória a educação básica na Prússia (1787). A responsabilidade da educação, então, passa a ser do Estado e não mais da Igreja. Entra em cena o modelo pedagógico em que o professor é o detentor e o transmissor de todo o conhecimento; as classes eram homogêneas e apenas, aproximadamente, 10% da população frequentavam as aulas (legítima exclusão de alguns grupos, como mulheres e pobres).

3ª revolução educacional
As palavras-chave do que chamamos de a 3ª revolução educacional são universalização e democratização do ensino. Agora, todos têm direito à educação pública. A sala de aula passa a ser um espaço muito grande de diversidade, frequentado por pessoas com diferenças de capacidade cognitivas, físicas, afetivas e morais.
É dever da escola saber trabalhar com todas essas diferenças, respeitando e convivendo com elas, afastando qualquer ideia de exclusão.

E o desafio está lançado! A escola está, de fato, preparada para conciliar acessibilidade, equidade e qualidade? É preciso que a escola acompanhe as transformações da sociedade, para que consiga desempenhar, de forma satisfatória, o papel que lhe é destinado há tantos anos, fazendo uso de diversas linguagens e recursos e aperfeiçoando profissionais.

Ao observamos atentamente as duas fotos acima, percebemos as nítidas diferenças entre uma sala de aula dos anos 20 (foto1) e outra, dos anos 2000 (foto2). Na primeira, fica clara a homogeneidade da classe, formada apenas por meninos, todos vestidos de forma semelhante, apresentando posturas parecidas, com atenção única e exclusiva no professor, detentor e transmissor do conhecimento. Na segunda foto, a classe é heterogênea, formada por meninos e meninas, postados ao lado da professora, dialogando e participando da aula.




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