terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vídeo-aula 11 : Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

A professora Paula Fernandes, na vídeo-aula 11, apresenta o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). É importante que nós, educadores, consigamos identificar as principais características do transtorno para que possamos lidar com isso, dentro da sala de aula, da melhor forma possível. 

DEFINIÇÃO 
O TDAH é um transtorno comportamental e neurobiológico, de causas genéticas e ambientais. É mais comun em meninos. Aparece na infância e pode acompanhar a criança durante toda a fase adulta. É caracterizado pela tríade epistemológica:
a) DESATENÇÃO
A criança com desatenção apresenta:
- dificuldade de prestar atenção aos detalhes;
- não escuta quando falam com ela;
- facilmente distraída com estímulos externos;
- dificuldade de organização;
- comete erros por descuido;
- não segue instruções ou regras;
- não termina suas tarefas;
- perde coisas importantes.



b) HIPERATIVIDADE
A criança hiperativa:
- não consegue envolver-se em atividades silenciosas;
- está sempre 'a mil por hora', 'a todo vapor';
- agita mãos e pés ou se remexe na cadeira o tempo todo;
- dificuldade para permanecer sentado;
- corre exageradamente;
- fala demais.


c) IMPULSIVIDADE
A criança impulsiva:
- dá respostas precipitadas a perguntas não terminadas;
- tem dificuldade em aguardar sua vez;
- interrompe ou se intromete em conversas alheias.

TIPOS DE TDAH
1) Predominantemente desatento: mais comum no sexo feminino, as crianças diagnosticadas com esse tipo de TDAH são desorganizadas, esquecidas, distraídas, não copiam tarefas e se isolam ou se retraem socialmente.

2) Predominantemente hiperativo-impulsivo: são crianças mais agressivas, com alta taxa de rejeição pelos colegas, sofrem 'impopularidade'; são agitadas, inquietas e impulsivas. 
3) Combinado: maior prejuízo no funcionamento global, são rejeitadas pelos colegas, agem sem pensar, são inadequadas socialmente e falham em fazer planos.

QUADRO CLÍNICO NA ESCOLA
- alterações nas habilidades linguísticas;
- falta de noção de espaços;
- dificuldade de reconhecer símbolos gráficos;
- dificuldade para ficarem sentadas e prestarem atenção;
- pouca coordenação motora.;
- tendência de estarem sempre em movimento;
- dificuldade para terminar tarefas;

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do TDAH é fundamentalmente clínico, feito pelo neurologista, psiquiatra ou psicólogo, através de avaliações com pais, crianças e escola.  

ETIOLOGIA (causas)
Causas multifatorias:
- fatores genéticos;
- fatores biológicos;
- fatores psicossociais.

CONSEQUÊNCIAS
- baixo rendimento escolar;
- perda da autoestima;
- tristeza;
- falta de motivação;
- dificuldade de relacionamento;
- predisposição a episódios depressivos graves;
- abuso de álcool e de drogas;
- adultos inseguros, com baixas habilidades sociais;

TRATAMENTO
 O tratamento do TDAH é multifatorial, ou seja, específico para cada caso. Pode ser feito por:
- medicações;
- psicoterapia;
- envolvimento da família e da escola.

INTERVENÇÃO NA ESCOLA
- educação: informar, orientar, conscientizar pais, coordenação e criança.
Objetivos:
- ajudar a criança, família e professores a compreender os sintomas e os prejuízos do TDAH;
- desfazer rótulo prévios;
- melhorar a autoestima das crianças;
- pais: melhores estratégias para lidar com o TDAH.

PLANEJAMENTO E CRONOGRAMAS - ação dos professores
Como crianças com TDAH têm dificuldade em planejar atividades futuras, o ideal é que o professor trabalhe com calendários diários de atividades (lições de casa, aulas extras, passeios, provas...); isso faz com que a criança consiga saber quais são as atividades posteriores e, dessa forma, se organiza melhor.
É preciso premiar respostas adequadas para estimular a continuidade delas. A criança com TDAH precisa de elogio e reconhecimento. O professor pode fazê-la participar das atividades da sala, possibilitando à criança sentir-se inserida no contexto da sala de aula. Isso ajuda na impulsividade. 
Muitas vezes, o comportamento da criança portadora de TDAH passa despercebido pelos pais. A escola  precisa intervir, o professor deve prestar atenção para chamar a atenção da família e fazer os encaminhamentos necessários.

No vídeo, a psicóloga Ana Beatriz B. Silva, em entrevista a Jô Soares, fala sobre o TDAH (DDA).


O vídeo sugere algumas ações para se trabalhar com crianças com TDAH na escola.

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